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Proteção solar e o câncer de pele

06 de Fevereiro de 2019 às 12:11

Foto: Pixabay

Durante o verão o sol é forte e agride intensamente a pele. O resultado são as queimaduras e o câncer de pele. A Sociedade Brasileira de Dermatologia divulga o seguinte slogan: “Sol na medida. Saúde na certa”. Tal programa visa fornecer subsídios aos leigos para melhor proteger sua pele contra o câncer. A neoplasia de pele vem aumentando sua incidência em praticamente todo o mundo, com 100 mil novos casos/ano, somente entre nós. Tal câncer é provocado, principalmente, por uma causa evitável, ou seja, a excessiva exposição ao sol sem a devida proteção em indivíduos predispostos (raça ariana etc).

Entre os fatores de risco citam-se: antecedentes familiares para câncer de pele, história de queimaduras solares, presença de sardas (manchas pardacentas), pele clara, incapacidade para bronzear e a presença de nevos pigmentados múltiplos. Os nevos são manchas pequenas (6 mm), redondos, simétricos, bordas regulares e cor castanha ou enegrecida, localizados geralmente nas áreas de maior exposição ao sol. O nevo de cor café com leite é lembrado pelo povo como “manchas do fígado ou parasitismo por verminose”, mas se trata de um acúmulo de pigmento melânico na camada basal da pele. A melanina provém da oxidação da tirosina, que é uma proteína elaborada pelos melanócitos ou melanoblastos. A melanina é composta por carbono (57%), nitrogênio (9%), hidrogênio (4%) e oxigênio (30%). O sol, vitaminas (A e C), hormônios, gravidez (cloasma) etc. aumentam a quantidade de pigmento, tornando a pele mais escura. Os melanomas diferem dos nevos pigmentares por serem tumores extremamente malignos, assimétricos, bordas irregulares com saliências, variações de tons e diâmetro maior, localizando-se geralmente nos membros inferiores e genitais. A lesão inicial cresce rapidamente, causando metástases em diversos órgãos (fígado, cérebro, pulmões etc). O nevo pigmentar apresenta sinais de transformação maligna quando cresce em extensão, fica sensível ou pruriginoso, mais pigmentado, adquire halo avermelhado com ulcerações frequentes. O diagnóstico de melanoma é realizado pela biópsia da lesão suspeita, pois o aspecto clínico pode enganar facilmente, em virtude da confusão com ceratose seborréica, lentigo e carcinoma basocelular pigmentado.

O carcinoma é outro tumor de pele podendo ser de dois tipos: baso ou espinocelular. O baso apresenta-se como um nódulo íntegro ou ulcerado, cor-de-pérola, com vasos finos na superfície (telangiectasias). Está localizado geralmente na face, pescoço ou tórax, sendo o mais comum dos cânceres cutâneo. O espinocelular é um nódulo quase sempre ulcerado e crostoso, localizado geralmente na face, com preferência pelo lábio inferior. É o segundo tipo mais comum de câncer de pele, e se não diagnosticado e tratado adequadamente, pode causar disseminações. Portanto, no verão a exposição ao sol deve ser na medida certa, sempre com proteção contra os raios ultravioletas. Assim, evitar o sol entre 10h e 15h, recreação na sombra, proteção opaca (camiseta e chapéu) e filtro solar (fator 15 ou mais).