Você ouve uma canção de mau gosto e duplo sentido e ela o enoja. Entretanto, a força de ouvi-la centenas de vezes, no rádio ou em aplicativos, algum dia se surpreende a cantarolá-la. Lê, ouve ou vê uma mesma informação que exalta ou condena pessoas, governos ou partidos e, um dia, se pilha trajando camisa ou carregando bandeira de uma causa sobre a qual nunca refletiu.

Nunca como hoje houve tantas empresas, interesses, grupos e organizações a abastecê-lo, entre um plim plim e outro, de ideias, sentimentos e atitudes que, após algum tempo você crê que são seus. Na verdade, em tais situações, estará agindo como algumas aves que, sem se aperceber, chocam ovos e alimentam filhotes de outras espécies.

Algumas mentiras que você engole como verdades não geram consequências práticas imediatas. Jurar que a terra é plana ou que o homem nunca foi à lua pode, no máximo, torná-lo um sujeito exótico. Quem, falando sério, alerta para os riscos da Ursal, nos dá bons motivos para gargalhar, mas também nos afasta dos povos irmãos da América Latina.

Outras mentiras, recebidas como verdade, geram riscos concretos e muito sérios.

Ao aceitar como verdade que vacinas fazem mal, você põe em risco a saúde e a vida de seus filhos e os transforma em potenciais transmissores de doenças para as crianças com quem convivem.

O Pai celestial o fez alguém capaz de discernir; garimpar a verdade; separar o joio do trigo e cuspir mentiras que desejam que engula sem mastigar e metabolize sem digerir.

Para ser a pessoa que ele quer que seja, você precisa ativar essas funções e exercitar, a cada instante, o dom de apartar alimento de lixo e verdade de manipulação.

Comece agora mesmo.

“(...) Se permanecerdes em minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres.”

Evangelho de João 8:31-32

Tradução CNBB