Órfão de pai, Irineu Evangelista de Souza veio menino para o Rio de Janeiro, empregou-se como garoto de recados no comércio da cidade e, aos 35 anos, era um dos maiores empresários do Brasil, tendo obtido, inclusive, o título de Visconde de Mauá. Tornou-se vizinho do imperador Pedro II, morando, com a família, num belo sobrado na mesma rua do Palácio de São Cristóvão, posteriormente sede do Museu Histórico Nacional, que um incêndio destruiu domingo.

A sociedade carioca, provinciana e tacanha, em que muitos haviam feito fortuna traficando escravos, jamais tolerou seu sucesso como empresário modernizador. Seu vizinho coroado sentiu-se profundamente ofendido quando, na inauguração da nossa primeira estrada de ferro, viu-se compelido a empurrar um carrinho de jacarandá e manejar uma pá de prata, que Mauá mandara fazer para ele.

Os invejosos jogaram pesado e, através de múltiplos conchavos, obtiveram a decretação de sua falência, apesar de o patrimônio de suas empresas ultrapassar o montante de seus compromissos.

Ele, porém, nascerá para vencer. Retomou suas atividades, a partir de um patamar muito inferior ao antigo, obteve ganhos, pagou todas as dívidas integralmente, reconquistou seu maior galardão -- a carta que o habilitava como comerciante na praça do Rio de Janeiro -- e voltou a ser muito rico.

Os tombos da vida -- físicos, financeiros ou emocionais -- sempre são doídos. Só podemos nos reerguer após admitirmos que eles nos derrubaram. Mas Deus só os colocou em nosso caminho para que, a partir deles, reafirmemos nossa condição de pessoa forte, feliz e vitoriosa.

Se cair, levante-se e retome a jornada rumo ao sucesso.

“(...) embora caia sete vezes, o honrado se levantará, ao passo que os perversos afundarão na desgraça.”

Provérbios 24:16

Bíblia do Peregrino