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A verdade fala manso

09 de Agosto de 2018 às 10:38

Ao apresentar ideias e propostas, na roda familiar ou reunião com muitas pessoas, diga o essencial, com palavras conhecidas de todos, expressão amigável e tom de voz que, audível, não estoure os tímpanos dos ouvintes.

Falando o essencial evita o enfado da plateia e amplia as chances de ganhar e manter a atenção dos presentes, sem se arriscar a ser advertido pelo moderador por exceder o tempo concedido. Defendendo seus projetos sem gritos, exibe segurança e domínio do tema, previne o desgaste psicológico e dribla a antipatia que cerra os ouvidos do interlocutor.

Tais macetes são essenciais diante de auditórios hostis, se suas propostas batem de frente com as de um outro expositor ou os argumentos dele, mentirosos, exigem um desmentido.

Abraham Lincoln, lenhador que se tornou advogado e, depois, presidente do Estados Unidos, confrontou, nos tribunais e reuniões políticas, inúmeros adversários. Na primeira metade dos debates, ele se fixava nos pontos de concordância com o antagonista. Assim, ganhava a simpatia dos ouvintes e, daí para o final, ao analisar as divergências, era ouvido com atenção e conquistava apoios.

O mundo está cheio de gente que se desmanda por coisinhas à toa. Essas pessoas perdem as estribeiras e possessas de raiva, exaltam-se e usam até palavrões. No final do dia, tem o jeito de quem lutou com uma manada de elefantes furiosos. De certo modo, lutaram mesmo. Outras, mesmo provocadas, se contem, respiram fundo e mantém a compostura, sem passar recibo dos insultos. Fazem-no porque sabem que, baixando o nível, perdem o jogo.

Deus não o fez para ser galo de briga e sim pessoa corajosa, direta, serena e autogovernada. Assuma o comando de si e jamais será pautado pelos inimigos.

"Quem é verdadeiramente sábio usa poucas palavras; quem tem entendimento controla suas emoções."

Provérbios 17:27 - Nova Versão Transformadora

Geraldo Bonadio é jornalista

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