Buscar no Cruzeiro

Buscar

A grandeza perdoadora de Deus

18 de Setembro de 2018 às 08:57

Subordinar a percepção da vida e dos relacionamentos interpessoais aos parâmetros da mídia nem sempre é uma atitude sábia. As manchetes dominadas pelo registro de denúncias, imputações e condenações tendem a gerar, em quem as engole sem mastigar e compartilha sem refletir, a impressão de que vigiar, acusar e punir são condutas dominantes na vida de todos nós. Essa visão distorcida da realidade gera atitudes patológicas e indesejadas.

Nenhum ser humano minimamente equilibrado, ao voltar para casa, no fim do dia de trabalho, o faz pensando em interrogar, algemar ou agredir seus filhos ou o cônjuge e sim em interagir com eles de forma acolhedora e carinhosa.

Você, no plano das relações pessoais, constrói, sem dificuldades, relações positivas e emocionalmente sadias com os de sua casa e os dos grupos que frequenta. Às vezes, porém, visualiza Deus como um inquisidor, carcereiro ou carrasco e, por isso, reluta em buscá-lo na Palavra ou na oração.

O adulto sabe, como pai ou mãe, que as travessuras do seu filho são a contraparte do amadurecimento dele. Não é com raiva e sim com terna energia que o alertam para o erro e convidam à mudança. O Pai celestial, em sua infinita grandeza e compreensão, será menos generoso para com você? O Evangelho não sustenta qualquer conclusão nesse sentido.

Em vez de se autoflagelar física ou espiritualmente por suas falhas, reconheça a grandeza divina, acolha o perdão que dela deriva e, em paz consigo e com a vida, empenhe-se em construir um mundo em que haja menos cárceres, condenações e vigilantes e mais espaços de convívio, generosidade e apoio mútuo.

“Se o nosso coração nos acusa, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas.”

1ª Carta de João 3:20

Tradução CNBB