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Vanderlei Testa

Os presentes e histórias de Natal dos leitores

Os presentes de Natal seguem a tradição dos Reis Magos que levaram ouro, incenso e mirra no nascimento de Jesus

20 de Dezembro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: ARTE: FOTOS ÁLBUM DE FAMÍLIA)

Faltam apenas cinco dias para o dia de Natal. O nascimento na manjedoura, do bebê Jesus com Maria e José formando a Sagrada Família de Nazaré, é reverenciado nas igrejas e no presépio que o povo monta em suas casas e o comércio decora as suas lojas e em shoppings. É impossível imaginar o Natal, sem o ato litúrgico onde se destaca o cumprimento das promessas de Deus, que nos envia o Salvador, cita a liturgia nas igrejas católicas. No dia 25 de dezembro, a alegria de celebrar o Natal comove a população cristã em atos de solidariedade humana, como disse o papa Francisco: “Deixemo-nos atrair com alma de crianças ao presépio, porque ali se compreende a bondade de Deus e se contempla sua misericórdia, que se fez carne humana para comover nosso olhar”.

Os presentes de Natal seguem a tradição dos Reis Magos que levaram ouro, incenso e mirra no nascimento de Jesus. Pesquisei com os leitores o que eles ganhavam de seus pais na sua infância. Antigamente não havia como hoje, a tecnologia dos eletrônicos, plásticos coloridos dos carrinhos e bonecas com os seus cabelos e rostinhos encantados. Alguns instrumentos musicais como a sanfona e a viola, em tamanho reduzido para as mãos das crianças vendiam muito, como contou Marilda Delavalle, uma mãe de 75 anos que se lembra da bonequinha no presente de Natal de 1952.

Para entender melhor sobre a fabricação de brinquedos, personagens heróis da criançada e como se monta uma boneca, visitei uma empresa de Sorocaba dirigida pelo Reinaldo Soares Filho e seus dois filhos, Renan e Reinaldo. Localizada na zona industrial, depois de muitos anos em um barracão na Vila Santana, essa indústria impressiona por sua história e produtos entregues para todo o Brasil. Reinaldo era empregado de uma empresa mecânica e quando decidiu mudar de profissão, conquistou a habilidade de produzir os maquinários para injetar plásticos em formatos de peças de um corpo de menina-boneca e de bonecos. A evolução do seu negócio é admirada pelos visitantes e consumidores, que têm na linha de produção milhares de personagens produzidos diariamente, criatividade e beleza integradas ao gosto dos pais e filhos. Como gesto de solidariedade, essa família de empresários já doou brinquedos às crianças do Centro Familiar de Solidariedade Rainha da Paz- Cefas numa ação da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas-ADCE.

Há presentes de Natal mais sofisticados, lembrou a leitora Maria Aparecida Zambianco. Da varanda da sua cozinha na casa da Vila Progresso, Cidinha observou neste final de ano um condomínio de prédios em construção. Segundo ela, em poucos dias tudo estará colorido, florido e iluminado. E quem sabe, os moradores planejando a mudança antes do Natal. Certamente a decoração e a magia do Natal se juntam aos sonhos que movem e fazem acreditar que amanhã será tudo diferente, diz a leitora. E para completar o seu pensamento e mensagem, ela disse: “Afinal, o Natal já está aí e o sonho do apartamento de muitos casais precisa ser realizado”. Sônia Maria Gonçalves contou que o seu presente inesquecível foi uma boneca comprada em uma loja da rua São Bento, pertencente a dona Aurora. Dalva Fabíola Mallmann não se esquece do quebra-cabeça de mapas dos continentes. Ela diz que aprendeu Geografia e História e que viajava por esses continentes na sua imaginação de criança. Antonio Elias relatou que o brinquedo de Natal que marcou a sua infância foi um arco de ferro que era empurrado com um gancho. Anos depois ganhou de Natal um enxadão para plantar em uma horta na sua casa, além de uma vara de pescar.

Sandra Proença relatou a sua lembrança de Natal na infância: “Perto da meia noite o meu pai falava que ia descansar um pouco no quarto, antes da ceia de Natal. Depois ele saia do quarto e começava a nossa ceia com orações. Em seguida, ele falava que estava escutando o som de um sino saindo do quarto e eu desesperada ia ver se encontrava o Papai Noel. Nunca o encontrei, mas o meu presente sempre estava em cima da cama. Já grandinha, eu descobri que o meu pai é quem colocava o meu presente na cama. A boneca Beijoca marcou a minha infância”. “Dias antes do Natal eu fiquei até doente depois que a vi numa loja. Esse Papai Noel sempre adivinhava os meus desejos”. O melhor presente que meu pai me deu, diz Soraya Pezzoto, “foi a minha primeira boneca quando eu tinha 10 anos de idade”. O nome dela era “Lilibel”.

Feliz Natal a todos!

Vanderlei Testa ([email protected]): Jornalista e publicitário escreve às terças-feiras no jornal Cruzeiro do Sul