Rafael Cervone
Mais propostas, menos bate-bocas
Uma das prioridades é uma política industrial moderna, acelerando a transição à Manufatura Avançada
O segundo turno da eleição presidencial é uma oportunidade de os finalistas apresentarem soluções viáveis para o desenvolvimento. Por isso, esperamos propostas efetivas e menos bate-bocas. Chega de improviso! A indústria paulista tem sido proativa em termos propositivos. Apartidários enquanto representação classista, promovemos, na sede do Ciesp e da Fiesp, encontros com os principais postulantes à Presidência da República e ao governo paulista.
Ouvimos os candidatos e lhes apresentamos ideias contidas em documento das entidades. Uma das prioridades é uma política industrial moderna, acelerando a transição à Manufatura Avançada. Para isso, é preciso definir o marco legal, adequando incentivos e reduzindo custos do financiamento. Deve-se, ainda, fomentar os fornecedores e startups, estimular as médias, pequenas e microindústrias e definir uma agenda de investimento.
O fortalecimento da infraestrutura é outro fator urgente. Cabe fomentar o investimento estatal e incentivar concessões e parcerias público-privadas. Também são prioritárias a reforma administrativa, reduzindo o peso do Estado, e a tributária, com isonomia na taxação dos setores, Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e desoneração das exportações e investimentos. Defendemos, ainda, o aprimoramento da saúde e educação.
Esperamos que, no segundo turno, os candidatos apresentem um projeto de país, não de governo, de longo prazo e sob absoluta segurança jurídica. É preciso fortalecer as eleições como plataforma democrática para delinearmos uma agenda eficaz para o presente e o futuro do Brasil.
Rafael Cervone, engenheiro e empresário, é o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)
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