João Alvarenga
Ao mestre com carinho
“Apesar dos obstáculos, os professores não desistem, seguem firmes na árdua tarefa de ensinar, não só com foco no diploma, ou passar nos vestibulares/Enem; mas para a vida, porque viver requer mais do que mera inteligência.”
Dentre todas as profissões, talvez a figura do professor seja a mais emblemática, porque, diariamente, convive com inesperadas idiossincrasias que precisam ser administradas, para que a harmonia reine na sala. Também terá que dizer ‘não’ a certas atitudes, como bullying, a fim de que o respeito seja regra, nunca exceção. É óbvio que o professor tem que ser exemplo sempre, dentro e fora do ambiente escolar, pois a sociedade está de olho no que ele diz, faz ou pensa.
Além dos aspectos comportamentais, também lhe cabe à missão de despertar nos jovens o amor ao saber, para um progresso contínuo, não só profissional, mas pessoal. A escola deseja que cada aluno se torne um cidadão íntegro para que, depois de formado, dê sua cota de contribuição à pátria, pois há carência de profissionais em diversas áreas.
Para quem vê de fora, isso parece simples, mas é um desafio, principalmente, nos dias de hoje, em que o mau exemplo chega antes, pelo celular. Assim, os educadores têm enfrentado dias difíceis, pois a concorrência com os smartphones tem sido desleal. O tempo todo é preciso buscar a sinergia da sala para o conteúdo que está na lousa.
Nesse contexto, a dispersão é grande e o stress também, pois estudos britânicos comprovam que a “Nomofobia” (medo de ficar sem o celular) já se tornou uma síndrome entre os adolescentes. O baixo rendimento escolar, em escala global, evidencia tal realidade.
Apesar dos obstáculos, os professores não desistem, seguem firmes na árdua tarefa de ensinar, não só com foco no diploma, ou passar nos vestibulares/Enem; mas para a vida, porque viver requer mais do que mera inteligência.
Afinal, há mais de dois mil anos, o filósofo chinês, Confúcio, disse: “devemos buscar a sabedoria”. Tal pensamento permanece atual, com mais ênfase neste século, em que as máquinas concorrem com o homem. Traduzindo: educar requer equilíbrio e paciência. Então, viva os professores!
Este texto é dedicado ao querido professor Aldo Vannuci, uma referência para todos nós.
João Alvarenga professor de redação e cronista