João Alvarenga
Pai, uma justa homenagem
A paternidade é um ato amoroso de acolhimento pleno e entrega total, sem esperar nada em troca, só a felicidade dos filhos
Estimados leitores, o “Dia dos Pais” é uma data muito especial para todos nós. É um momento em que os filhos celebram a felicidade de contar com a presença de seus devotados pais em suas vidas. Para aqueles cujos genitores já partiram, pois muitos filhos perderam seus pais durante a pandemia, as boas lembranças eternizarão a presença paterna em suas vidas. Assim, cada momento compartilhado nunca deve ser esquecido.
Ou seja, os passeios, os conselhos, os pertences, a refeição favorita; enfim, tudo isso compõe a memória afetiva que nunca se apagará, passe o tempo que passar. Afinal, a figura do pai-herói permanece inalterada no imaginário não só das crianças, mas dos adultos também.
Por falar nisso, o tradicional almoço em família também é um ritual que se renova a cada ano, principalmente agora em que a vacinação contém os avanços do Covid-19. Assim, abraços carinhosos serão inevitáveis e, certamente, esse gesto terá muito mais valor do que qualquer presente. Afinal, a paternidade é um ato amoroso de acolhimento pleno e entrega total, sem esperar nada em troca, só a felicidade dos filhos.
Aliás, quando os filhos chegam, nossas vidas se transformam completamente, deixamos de ser o centro para focar nossa atenção naquela frágil criaturinha que pede colo e conforto. Tudo gira em torno dos filhos e de suas inúmeras necessidades, desde a primeira infância até a idade adulta. Para nós, os pais, os filhos não crescem nunca, ou seja, serão sempre nossas eternas crianças. Se fosse possível, os filhos jamais cresceriam, ficariam pequeninos em nossos braços, envolvidos num perene carinho. Como isso é impossível, tentamos suavizar a caminhada deles, passando lições que nem sempre são ouvidas.
Na verdade, o pai é o primeiro professor, pois nossas atitudes são espelhos para nossos descendentes. É interessante observar, também, que a figura paterna, com o passar do tempo, perdeu a imagem rígida do passado para dar lugar a um pai compreensivo que dialoga com os filhos, que procura entendê-los e atenuar os sofrimentos da vida. No fundo, o pai, como diz uma canção do “rei” Roberto Carlos, é o amigo de todas as horas, de todas as caminhadas, que sempre estende as mãos e tem uma palavra amiga nos momentos difíceis.
Aliás, a MPB está repleta de canções que exaltam a saudável relação entre pais e filhos, como Fábio Júnior que, em “Pai herói”, faz as pazes com seu velho, ao dizer: “Pai, você foi meu herói, meu bandido/ Hoje é mais muito mais que um amigo...” A saudade paterna fica nítida em: “Naquela mesa tá faltando ele/ E a saudade dele tá doendo em mim”, canção imortalizada na voz do saudoso Nelson Gonçalves.
Por fim, leitor amigo, hoje, abrace seu pai, mostre o seu carinho. Diga o quanto ele é importante na sua vida!
João Alvarenga professor de Redação e cronista