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Vanderlei Testa

Zezé, 101 anos de encanto com a vida

Os avós e bisavós, seja ele ou ela, nos cativam com um amor carinhoso

14 de Junho de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: ÁLBUM DE FAMÍLIA / ARTE: VT)

Confesso que é difícil não escrever as manifestações dos leitores sobre bisnetos, netos e netas sobre as suas avós, avôs e bisavós. Esta é a terceira semana que publico esse tema. Os avós e bisavós, seja ele ou ela, nos cativam com um amor carinhoso. Há avós com 40 anos, na faixa etária dos 60 anos e até os 101 anos de idade. Maria José Nicolino Ferreira, com 101 anos é uma bisavó que esbanja simpatia. Acolhedora e meiga, uma doce mulher que conheço há uns 45 anos. A Zezé, como é carinhosamente chamada, mantém o modelo que penso ser o de mãe, avó e bisavó. A bisneta Catarina se encanta toda vez que vem de Campinas para Sorocaba visitar a bisa. Zezé tem 12 bisnetos, um tataraneto e sete netos para comemorar um século e um ano de vida.

A Helena Natale Ciochette tem 85 anos de idade. Uma amiga bisavó. Com cinco netos e quatro bisnetos a carismática Helena é um exemplo de energia e vida feliz. As fotografias na sala testemunham os lindos momentos vividos por ela na sua vocação de avó e bisavó. Recentemente, participei do aniversário de 18 anos da sua bisneta Beatriz Milano Ciochetti e pude conviver com a sua família animada pela música no teclado da avó Mariângela Natale Ciochetti. Aprendi com a Helena a admirar a alegria da sua união com netos e bisnetos no auge da juventude. Ela já foi rainha em festa na cidade de Mairinque, onde mora e participa intensamente da comunidade.

Haydée Christina Mendes Gutierrez relembra a sua avó Francisca Manão, descendente de italianos, católica fervorosa e uma excelente doceira. Ela morava na rua Souza Moraes, Vila Santana. Uma saudade, diz Haydée, “é não ter aprendido o doce de pera que ela fazia”. As peras eram cor de rosa ao serem cozidas no fogão de lenha. “Nunca vi em nenhum lugar um doce tão saboroso e açúcar na medida certa”.

Cynthia Frasson disse que a sua avó Aparecida passeava muito com ela e aproveitava para ensinar as coisas úteis para a vida. “Morávamos em São Paulo, próximo à Igreja da Sé. Íamos a uma confeitaria onde a vovó oferecia as delícias daquele lugar. Que saudades dos doces que ela me dava”. Cyntia lembra também da vovó Magdalena, “que me ensinou a fazer colcha de retalhos”. Duda Blas citou: “Minha avó Maria fazia uma farofa de miúdo de frango com ovo cozido que era maravilhosa”.

A neta Cidinha contou: “Minha avó paterna, Maria Perin Zambianco, sempre foi doente e pouco podia fazer pelos netos. Ela tinha um sorriso lindo, que nunca vou esquecer”. Também fala da nona materna, Iolanda Trevizan Bisan, “sempre carinhosa, era costureira, fazia roupas lindas para nós, uma mulher bem humorada, apesar das dificuldades da vida. Ela amava viver, acho que era um pouco avançada para o tempo dela. Os seus conselhos eram sempre engraçados, mas com grandes verdades que tento colocar em prática até hoje”.

Réquiem Garcia Pitol contou que a lembrança da avó Carmélia Graci Garcia que mais marcou a sua infância foi dormir ao lado dela na mesma cama. Morava no sítio no município de Tapira, no Paraná. “São momentos que ficarão eternamente em meu coração”. Valéria Almeida destacou: “Minha querida avó Rosa Starke morava na rua Barão do Rio Branco, centro de Sorocaba, no prédio que tinha embaixo a antiga loja Arapuã. Eu amava passar as férias com ela. São tantas lembranças boas que nunca esquecerei”.

Zuleide Bogowicz afirmou que a sua avó Guilhermina Martins foi maravilhosa. “Ela que costurava e reformava minhas poucas roupas. Como agradecimento, eu faxinava sua casa. Velhos tempos e belos e maravilhosos dias”. Maria Ângela Pazetti Carvalho: “Minha nona Genoefa Zambianco Pazetti, morava na Vila Porcel, uma delicadeza e calma que não esqueço nunca”. Elza Romano Muniz enfatizou o amor dos avós. “A avó Elza Budig morava com o meu avô na avenida Nogueira Padilha. Eles marcaram muito nossas vidas com carinho e presença amorosa de avós”.

Natália Maria: “Minha avó Erothides Petrungaro Matiazzo, mais conhecida como Doro, foi um exemplo de mulher, de mãe e de avó. As lembranças são inúmeras, mas não têm como esquecer as ceias de Natal que ela preparava com tanto carinho. A casa toda decorada, recebia todos os familiares e amigos. Uma mulher maravilhosa, de um coração que não cabia dentro dela. Uma avó que deixou muitas saudades e lembranças. Ela morava no Jardim Santa Rosália”.

A bisneta Dagma Aparecida de Castro publicou a foto da sua bisa, tirada pela Cíntia Belinassi. A Maria Margarida de Barros Soares é a bisavó da Dagma. Ficou conhecida em Sorocaba como a benzedeira “Mariquinha Branca”. Os 629 comentários no grupo Além Ponte enalteceram o valor dessa mulher bondosa e abençoada. Entre eles, destaco as palavras do Adilson Trindade que disse: “A dona Mariquinha faz parte da minha história. Minha mãe me levou muitas vezes na casa dela”. Ana Carneiro enfatizou: “A dona Mariquinha benzia os meus filhos e hoje, certamente está ao lado de Deus”. Neusa Bornia contou que a sua mãe Ana a “levava para receber as orações dela, um ser abençoado”. Cleide Clemente disse que a “Mariquinha Branca era um anjo que Deus colocou na Terra”.

Margareth Becker destacou os seus avós Zico e Antoninha, moradores da rua 13 de maio, em Sorocaba. Na foto, a família reunida há décadas continua maravilhosa com as suas descendências, diz Luiz Delphy Neto. O Cornélio José Pilon e a esposa Janete Pillon são avós de Fábio, Pedro, Beatriz e Gabriela. E são bisavós de João Antônio e Luiz Henrique. Está chegando o Joaquim, mais um bisneto. A família Pillon é um exemplo de amor conjugal. A amiga Karla Campos Paranhos tem quatro netos: Marina, Helena, Laura e Matheus. Ela ama demais cada um e fica feliz quando estão juntos para curtirem momentos nunca experimentados.

Vanderlei Testa ([email protected]), jornalista e publicitário, escreve às terças-feiras no jornal Cruzeiro do Sul