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Pandemia

Amanhã, um novo tempo vai começar

Sonhar faz parte da vida de um ser humano normal e quem não corre atrás dos seus sonhos não tem o direito de sonhar

31 de Dezembro de 2021 às 14:44
Cruzeiro do Sul [email protected]
Roque Dias Prestes
Roque Dias Prestes (Crédito: Divulgação)

Roque Dias Prestes

Hoje à noite, quando cada ponteiro dos relógios, se colocar a prumo, defronte ao número doze, este ano de 2021 se despedirá e se somará mais um àqueles desde que o atual calendário foi organizado por Sosígenes de Alexandria, no ano 46 a.C., em homenagem ao imperador Júlio Cesar, há época artífice máximo da República Romana. Por essa razão é denominado “calendário juliano”.

Da mesma forma que no ano de 2020, este expirante não deixará muitas saudades, porque a sua sobrevivência também foi muito difícil para todo mundo. As pessoas tinham esperança de que a população, à esta altura do campeonato, estivesse cem por cento, imunizada contra o vírus da Covid 19, em todos os países, mas, infelizmente, não se tem notícia que isto tenha acontecido em algum lugar deste planeta. De modo que continuaremos, em 2022, seguindo o protocolo de segurança coletiva determinado pelas autoridades sanitárias, mantendo o distanciamento social, usando álcool em gel e máscara facial quando necessário sair das nossas casas.

Ao que parece, a população mundial continuará enfrentando o novo coronavirus, surpreendendo sempre por sua metamorfose, pois agora mesmo ele se apresenta sob a variante denominada Ômicron, a qual, a princípio, parecia ser mais letal do que anteriormente.

A saudade mais dolorosa que vamos sentir, sem dúvida, será a da perda de parentes e outros entes queridos, muitos dos quais, embora tenham lutado bravamente contra esse terrível mal, acabaram falecendo, sem direito, ao menos, a um velório na forma tradicional, como antigamente era realizado.

Contudo, esses entes queridos, agora no plano espiritual, por certo, devem querer que cada um de nós prossigamos a nossa jornada, sempre na busca da felicidade.

Ademais, hoje é réveillon, um dia especial, único durante o ano todo, pois em nenhum outro, se festeja a entrada de um novo ano.

Logo mais à noite, muita gente estará vestida de roupa branca ou amarela para aguardar as vinte e quatro badaladas do relógio de parede, nas casas onde tem um desses marcadores das horas. Dizem que essas cores na vestimenta são para o novo ano dar sorte.

Outras pessoas têm o costume de, à meia noite, dar três pulinhos com o pé direito e fazer os seus pedidos para o novo ano.

O certo, porém, é que a simples expectativa dessa chegada se traduz em alento e esperança para muitos seres humanos alcançarem um objetivo que, por alguma razão, não se concretizou até agora.

Talvez seja por isto que alguém revela: “Neste novo ano, quero voltar à academia; ou vou praticar caminhada algumas vezes por semana; ou mudarei de emprego; ou iniciarei um novo curso”, além de outras metas e planos deixados para esse novo período de vida.

Na verdade, a gente sabe que, na prática, o que muda mesmo são os números: se hoje é dia trinta e um de dezembro, amanhã será primeiro de janeiro; hoje é sexta-feira, amanhã será sábado. Apenas com uma diferença substancial, conquanto hoje é o último dia de 2020, amanhã será o primeiro dia de 2022.

E assim o tempo caminha inexoravelmente, rumo ao futuro. Todavia, sempre um ano novo representa oxigenação do nosso ânimo e vontade de que os nossos sonhos se tornem realidade.

Sonhar faz parte da vida de um ser humano normal e quem não corre atrás dos seus sonhos não tem o direito de sonhar.

Modéstia à parte, eu acho demais este pensamento: “Quem não corre atrás dos seus sonhos não tem o direito de sonhar”. Um dia, querendo Deus, ele deverá constar em um dos meus próximos livros, o qual terá este título: “Pensamentos”.

Para mim, este ano foi frutificante, em relação à minha produção literária, pois saíram à lume mais três livros: “O testemunho da minha Fé”, “Aposentadoria, um prêmio ou castigo?” e “Amor, afeto e ódio”, a trilogia do ser humano.

Estes dois últimos, a gráfica editora me entregou há poucos dias, de sorte que farei lançamento deles no final de janeiro entrante.

Neste novo ano seremos chamados às urnas para elegermos o novo presidente da República, novos governadores, deputados estaduais, federais e senadores.

Tomara que a Covid-19 se transforme na “gripezinha” preconizada por Bolsonaro, em 2019.

Feliz 2022 para todos os amáveis leitores.

Amanhã, um novo tempo vai começar.

Roque Dias Prestes é advogado, escritor, jornalista, professor aposentado e presidente da Academia Votorantinense de Letras, Artes e História