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Notícia bizarra

Artigo escrito por João Alvarenga

19 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: ILUSTRAÇÃO: LUITZ TERRA)

 

Estimados leitores, às vezes, nos confrontamos com algumas notícias, pelas páginas deste matutino, ou pelas ondas da Cruzeiro FM, que nos deixam embasbacados. Afinal, são tão bizarras que ficamos a matutar sobre o real motivo de tal prática.

Foi justamente o que se deu, no mês de outubro, quando gatunos de plantão surrupiaram a placa de bronze que ficava na fachada do prédio do Sorocaba Club. Detalhe: o centenário clube está localizado na Praça Coronel Fernando Prestes, bem no coração de nossa cidade, mas isso não intimidou os ladrões. Pelo que se sabe, ninguém flagrou a ação que se deu lá pelas tantas da madrugada.

Apesar de o prédio contar com câmeras de segurança, não há registros do furto. Até a publicação desta crônica, a polícia não tinha pistas dos autores do crime. O fato, embora tenha ares de comicidade, é preocupante, pois não é um fato isolado. Infelizmente, nossa cidade tem sido alvo frequente de ações dessa natureza, em que monumentos históricos são atacados por vândalos. O monumento em homenagem de Baltasar Fernandes, erguido no Largo de São Bento, centro histórico, já sofreu vários ataques de vândalos. Roubaram o brasão que ficava na base na estátua e, mais recentemente, também subtraíram a espada do fundador de nossa cidade.

Todavia, os criminosos não se limitam apenas aos monumentos ou patrimônios históricos, também profanam templos religiosos, como aconteceu com a Igreja de São Lucas, que teve sua capela vandalizada em plena Sexta-Feira Santa. Levaram peças da celebração eucarística. Parece que não há limites para a ousadia, pois nem os mortos são respeitados. Invadem cemitérios, depredam túmulos atrás de objetos de metal, roubam cabos da internet, deixando várias pessoas sem conexão. Pasmem, até hidrômetros são surrupiados.

Diante dessa evidente criminalidade que, embora seja de menor poder ofensivo, provoca muitos prejuízos ao município, algumas dúvidas ficam no ar: 1) Os desocupados estão zombando da sociedade?; 2) Quem está à frente desses crimes? 3) Qual o destino das peças roubadas?

(*) João Alvarenga: professor de Redação e cronista.