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O que aprender com o sucesso da bicicleta compartilhada?

Artigo escrito por Sérgio Bueno

02 de Setembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Sérgio Bueno.
Sérgio Bueno. (Crédito: Divulgação)

Muito se fala sobre economia compartilhada. Ela está aqui e ali, nas ruas e dentro das companhias. Engloba desde os mais simples até os mais complexos negócios. Porém, o que realmente significa?

Este é um conceito que vai muito além do que chamamos de rental. A economia do compartilhamento é uma cultura, uma nova forma de consumo e que ganha cada vez mais adeptos em todo o mundo. Dados da Reuters provam que, hoje, as pessoas têm preferido a locação ao invés da compra, daí o crescimento estimado do segmento de 10,76% ao ano, entre 2018 e 2023.

A cultura da locação chega para revolucionar a relação da população com produtos e serviços, tornando-os mais acessíveis. Um deles são as bicicletas compartilhadas.

A Tembici, empresa que o opera em diversas capitais brasileira, mostra resultados positivos. Segundo o estudo divulgado, o Terminal Cidade Tiradentes, uma das primeiras estações da capital paulista a aderir ao sistema, registrou mais de cinco mil viagens, com 70% delas durando mais de 10 horas, em 2018.

Partindo das bicicletas, que ganham novos adeptos nos grandes centros urbanos, vamos para os carros. A Uber, de carros compartilhados, foi uma das empresas pioneiras no segmento. A facilidade de mobilidade que ela adicionou nas cidades abriu caminho para muitas outras iniciativas.

Falamos apenas sobre mobilidade. Porém, o compartilhamento está nas ruas com as bicicletas, dentro das casas com o aluguel de móveis e eletrodomésticos e, mais ainda, dentro das empresas. Muitas delas acabam alugando equipamentos de construção, hospitalares ou aparelhos eletrônicos, em sua maioria. O motivo? É o barateamento das operações.

O maior ponto positivo da nova cultura do rental é a redução do impacto ambiental. Nesse caso, ao invés da produção e consumo em massa, o consumidor opta pelo reaproveitamento. O que acarreta em uma diminuição da produção, tanto dos produtos em si quanto do lixo.

E essa mudança de mindset foi liderada e permitida pela internet, que facilitou o acesso a esta nova realidade. Diversas plataformas surgiram para incentivar a economia compartilhada. Sendo assim, depois que a pessoa determina o tempo que ela quer permanecer com o bem, ela, agora, contribui com um bem maior.

A democratização de produtos e serviços e a redução dos impactos no meio ambiente são apenas algumas das vantagens deste novo hábito.

Temos muito a aprender com a popularização do sistema de compartilhamento de bicicletas. Com a cultura da locação, damos um passo para o futuro. Futuro esse, que está mais próximo do que esperávamos.

Sérgio Bueno é CEO da Ótimo Gestor.