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Crônicas sorocabanas

Bons exemplos existem

Artigo escrito por João Alvarenga

30 de Julho de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: ILUSTRAÇÃO: LUITZ TERRA)

Midiaticamente, Sorocaba já foi destaque no quesito maus-tratos aos animais, com vários casos de abandonos e agressões. Porém, a cidade não coleciona apenas episódios tristes. Há, sim, bons exemplos que precisam ser observados, pois suplantam o sofrimento de cães e gatos, embora nem sempre isso se torne objeto de atenção da mídia.

Afinal, o negativo chama mais a atenção, pois se torna alvo de repúdio da opinião pública; mas, nem sempre mobiliza os cidadãos em favor do respeito aos animais. Por isso, o trabalho de formiguinha de algumas entidades precisa ser lembrado, para despertar o espírito de solidariedade e, assim, ampliar a corrente em favor de causas que, anteriormente, tinham baixa adesão social.

Logo, os 35 anos de árdua luta da Associação Protetora dos Animais de Sorocaba (Spaso), numa dedicação exclusiva aos animais abandonados, são dignos de pleno reconhecimento. Mesmo com parcos recursos (sua receita vem de doações espontâneas), a Spaso tem zelado dos bichos com amor e carinho, inclusive de equinos e bovinos que perambulam pela área urbana e representam perigo no trânsito.

Com dedicação, os voluntários recolhem os animais abandoados, que recebem todos os cuidados veterinários necessários, para que, depois, sejam adotados por novas famílias, desde que a posse seja consciente. Afinal, não basta adotar, é preciso saber cuidar.

Também merece destaque o atendimento veterinário de baixo custo que a Fundação Alexandra Schlumberger (FAS) realiza aos tutores que não conseguem dar assistência adequada aos seus Pets. Sem fins lucrativos, a procura pela FAS cresceu muito. Afinal, com a pandemia, muitos adotaram a companhia de um amigo de quatro patas.

Por fim, a notícia que Sorocaba ganhará um hospital público veterinário foi recebida com alegria por todos, já que a unidade prestará atendimento veterinário gratuito. Isso será um alento para quem adota um animal de estimação, mas sofre quando o bichinho adoece, pois a medicação é cara.

João Alvarenga: professor de Redação e cronista.