Buscar no Cruzeiro

Buscar

Hoje é o Dia do Orquidófilo

Artigo escrito por Vanderlei Testa

22 de Junho de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: ARTE: VT)

Hoje, dia 22 de junho é celebrado o Dia do Orquidófilo. Quem gosta de orquídeas e mantém o seu orquidário deve saber que essa comemoração foi dedicada ao mineiro botânico João Barbosa Rodrigues, que nasceu no dia 22 de junho de 1842. Ele foi responsável por mais de duas décadas pela administração do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Em Sorocaba, o feirão da Ceagesp mantém várias bancas de flores com lindas orquídeas. Além de embelezarem os ambientes, essas flores manifestam a beleza da criação no mundo. As estufas com orquídeas, como a de um casal de amigos, Maura e José Carlos, é um colírio aos olhos.

Segundo os especialistas as orquídeas só florescem uma vez ao ano, seguindo cada espécie a sua estação. Há um tempo certo de floração, conforme o ritmo natural da flor. Na minha casa sempre tem durante o ano as espécies de orquídeas coloridas junto às fotos dos familiares e de nossa padroeira do Brasil. Significa uma reverência de gratidão e presença da mãe natureza com a sua beleza ao lado de quem amamos. Vejo que em Sorocaba tem aumentado muito a oferta de vasos de orquídeas em supermercados.

Na cidade de Assis, interior de São Paulo, a prefeitura municipal criou um ponto turístico para o seu “Orquidário Municipal”. Localizado no Parque Buração, tem a supervisão e apoio da Associação dos Orquidófilos de Assis, atraindo centenas de visitantes em finais de semana. “Por que o amor é recíproco?”. Por alguma razão que deve estar “escrito nas estrelas, sempre recebo orquídeas em datas especiais”, conta Maria Lúcia Neiva de Lima. E acrescenta: “Duram muito tempo enfeitando a minha casa e o meu coração”.

Antes da pandemia do Covid-19, Sorocaba tinha na sua programação anual de eventos um Exposição de Orquídeas no Ginásio do Sesi, na rua Gustavo Teixeira. Eu estive lá vários anos e sentia pela presença do público como era apreciada essa mostra. Uma das consequências do isolamento social foi a paralisação da exposição, que teve a sua última edição em 2018. Cerca de mil orquídeas e até algumas centenárias foram expostas com o apoio do Círculo Orquidófilo Sorocabano. Na época, o jornal Cruzeiro do Sul publicou reportagem entrevistando colecionadores. Lembro-me de que uma senhora de nome Sueli, tinha na ocasião 140 exemplares de orquídeas. Na rua em que moro em um residencial, há uma árvore plantada em frente a cada casa. Em todas elas, as orquídeas ocupam espaço nos troncos, embelezando o local em épocas de floração. Visitando a estufa da casa de Maura e José Carlos Felamingo, eu pude contemplar o seu cuidado com cada planta. Os detalhes de iluminação, irrigação, terra e adubo, com tudo baseado em orientações técnicas dos livros e sua experiência, garantem a continuidade da coleção.

Orquídea Sapatinho “Paphiopedilum Alfred Dimmock” -- chamada sapatinho de princesa. Uma das imagens que ilustram este artigo é uma relíquia deixada por minha mãe Carmela. Ela faleceu há 12 anos, e está nos jardins do paraíso cultivando as suas flores. Faz treze anos que ganhei esse vaso que ela cuidava com muito carinho. Continua florindo e belo. Tem a delicadeza da sua alma generosa.

Publiquei nas redes sociais uma pergunta para saber dos internautas: “Por que você gosta de orquídeas?” Bedão da Marisa - respondeu: “Porque orquídeas são como filhas, você cuida desde ‘miudinha’, enche de carinho, doa seu tempo para que ela pegue viço e um belo dia ela floresce. Ai, por um curto período, você lhe admira. Mas seus encantos também encantam outros olhos e ela se vai, não pra sempre, talvez até o próximo ano”.

Iracema Padovani de Carvalho: “Orquídeas são misteriosas, parece que secam, adormecem e ressurgem como um presente de Deus”. Sônia Maria Gonçalves: “Pela beleza, pelo perfume por elas exalado, pelo colorido”. Neusa Sizuko: “Minha paixão começou com um mimo, um presente, daí foi motivo de aprender a cuidar e descobrir seus mistérios. Foi só crescendo o amor por elas. Sonho! Saber realmente cuidar e vê-las florescer”. Maria Penha Antunes: “As orquídeas possuem um poder extraordinário de reunir amizades sinceras, infinitas, principalmente no sentido de amor ao próximo. Nós sentimos a presença Deus em cada orquídea, cada uma mais linda do que a outra, os perfumes, as formas das flores!”

Silmara Lourenço: “Meu pai cultivava orquídeas. Herdei dele o amor pela planta.” Lígia Pires: “Porque elas são diferentes, abrem em tempo diferente. Crescem em tamanhos, cor e forma. Quem tem várias orquídeas, tem flor enfeitando o ano todo.” Selma Fontolan: “Não tem explicação, hoje plantei muitas mudas que ganhei.” Cidinha Zambianco: “Eu amo as minhas orquídeas: elas têm o nome de quem me presenteou, a Néia e a Júlia estão florescendo.” Bene Rosa: “São as flores mais lindas. Minha mãe era uma apaixonada e cultivava muitas espécies de orquídeas. Ela sabia sobre cada uma e quando floresciam. Pedia para tirar fotos para guardar, admirar e mostrar às pessoas que a visitavam.” “Com saudades de sua mãe”, disse Rosângela Ferreira. “Toda vez que vejo uma orquídea é como se a minha mãe voltasse à vida com seu sorriso doce e sereno. Por isso amo tanto as flores.”

“O que eu admiro nas orquídeas é o tempo que elas levam formando seus botões. E depois o tempo que permanecem abertas, mostrando a sua beleza”, citou a Rosemeire Bonassi. “Amo orquídeas, elas são maravilhosa e gosto muito de cuidar”: Maria Rosa Silva. “Por que as orquídeas são lindas, eu adoro cada uma”: Vanda Carvalho. “Pela delicadeza e força ao mesmo tempo das orquídeas”: Erli Garcia Gonzaga.

E quem tem uma estufa de orquídeas é a Edna Castelhano. Nunca deixa faltar orquídeas no Santuário de Santa Filomena. Toda semana vai com o seu marido Toninho comprar orquídeas para decorar o altar do santuário.

E para homenagear este dia 22 de junho, plantei vinte e duas mudas de orquídeas nas árvores em frente das casas.

Vanderlei Testa é jornalista e publicitário. Escreve no jornal Cruzeiro do Sul às terças-feiras. Contato: [email protected]