Buscar no Cruzeiro

Buscar

CRÔNICAS SOROCABANAS

Mistérios sorocabanos

Aliás, quantos segredos cabem num cofre? Desde um simples testamento, mapas de tesouros ou até fortunas de origem duvidosa

04 de Junho de 2021 às 03:26
Cruzeiro do Sul [email protected]
O cofre
O cofre (Crédito: ILUSTRAÇÃO: LUITZ TERRA)

Sorocaba é repleta de mistérios. O mais recente diz respeito a um emblemático cofre que, do nada, foi encontrado numa rua da zona norte. A bizarra peça aguçou a curiosidade de muita gente. Estaria cheio de dólares ou pertenceria a algum mafioso? O hermético objeto deu baile à polícia; mas, para frustração da maioria, não havia um só centavo em seu interior. Mas, o enigma persiste: que segredos havia ali?

Aliás, quantos segredos cabem num cofre? Desde um simples testamento, mapas de tesouros ou até fortunas de origem duvidosa. Antigamente, era muito comum a existência de baús misteriosos; afinal, não havia bancos. Logo, tudo que era guardado em casa, a sete chaves. E, embora o cofre que inspirou esta crônica estivesse vazio, isso não esgotou a fantasia. Especulam: o que havia em seu interior? O dono voltará para reclamar?

Todavia, essa não é a primeira vez que objetos estranhos são deixados em locais curiosíssimos. Já foi notícia neste matutino: uma maleta, recheada de dinheiro, foi encontrada, por uma faxineira, na escadaria de um prédio do centro. Detalhe: até hoje, ninguém apareceu para reivindicar a posse da grana. Na época, muitas hipóteses foram aventadas, mas tudo ficou no terreno da especulação.

Além de dinheiro que aparece sem explicação, há casos mais escabrosos que, no dizer do escritor Sérgio Coelho de Oliveira, fazem parte das “lendas” sorocabanas. Inclusive, os mais antigos, com certeza, recordam-se da misteriosa “Noite dos OVNIs”, que entrou para a história da Ufologia. O fato, ocorrido em 1979, no Morro da Mariquinha, atraiu a atenção de centenas de curiosos que enfrentaram o frio e a chuva para dar um “olá” aos ilustres visitantes do espaço.

Portanto, a lista de casos emblemáticos é extensa e abarca desde as crendices dos nossos ancestrais que, na zona rural, temiam a apavorante figura da “Mula sem Cabeça” ou, então, as peraltices do “Saci Pererê”, até os idos dos anos 80, com a cômica figura da “Loira do Banheiro” ou apavorante “Boneca da Xuxa”.

João Alvarenga, professor de redação e cronista