Hábitos saudáveis reduzem incidência de câncer
Gilson Delgado, médico-oncologista e diretor técnico e científico do IOS. Crédito da foto: Divulgação
Segunda causa de óbito no Brasil, o câncer fica atrás apenas das doenças do coração e, de acordo com a publicação “Estimativa 2020 -- Incidência de câncer no Brasil”, divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), para os anos de 2021 e 2022, a projeção é de 625 mil novos casos da doença. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, o número de pessoas com a doença chegou a 19,3 milhões e cerca de 10 milhões perderam a vida em decorrência dessa neoplasia.
Diante desses dados alarmantes, a OMS instituiu o “Dia Mundial do Combate ao Câncer”, em 8 de abril, como forma de atuar na conscientização global sobre as causas, hábitos preventivos e métodos de tratamento dos mais diversos tipos cânceres, além de chamar a atenção de líderes e da sociedade como um todo para os altos índices dessa doença. “A data surgiu para debater, sobretudo, os cânceres com potencial de prevenção, tais como: de pele, próstata, mama, intestino grosso e reto, pulmão e estômago e, também, sobre uma quantidade enorme de tipos da doença que estão relacionados ao estilo de vida do paciente, a exemplo do tabagismo, excesso de ingestão de álcool, práticas sexuais irresponsáveis, entre outros fatores”, comenta Gilson Delgado, médico-oncologista e diretor técnico e científico do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS).
Prevenção
Conforme aponta o Ministério da Saúde, os cânceres que mais afetam a população brasileira são os de mama, próstata, colo uterino, intestino grosso e reto e de pulmão, isso se não for considerado o mais frequente, que é o câncer de pele. Apesar de cada tipo de neoplasia ter suas especificidades, existem algumas medidas que podem ser adotadas como forma de minimizar os riscos do aparecimento de todas essas complicações, em aproximadamente 40% a 50% das vezes, conforme aponta Gilson. Entre esses fatores, estão:
Evitar exposição exagerada ao sol manter um peso corporal indicado para a estrutura óssea; diminuir a ingestão de gorduras e aumentar a ingestão de fibras e vegetais, diariamente; diminuir ou evitar a ingestão de bebidas alcóolicas; não fumar; aplicação da vacina contra o HPV em crianças entre 9 a 13 anos, de ambos os sexos; evitar o uso desnecessário de hormônios, como pílulas anticoncepcionais ou tratamento de reposição hormonal no climatério (menopausa); realizar atividades físicas regularmente e realizar práticas sexuais de maneira segura e consciente.
Contudo, mesmo com a adoção de hábitos saudáveis, como esses, a busca periódica por médicos especialistas, juntamente com a realização dos exames de rotina, não deve ser deixada de lado, uma vez que essa é a forma mais eficaz para a identificação de qualquer alteração no organismo, possibilitando, assim, o diagnóstico com a doença ainda em desenvolvimento ou no início. “Um diagnóstico precoce implica na menor agressividade dos tratamentos, assim como na maior possibilidade de cura e chance de resposta do paciente” finaliza o diretor técnico e científico do IOS. (Da Redação)