Buscar no Cruzeiro

Buscar

GM fará ampla investida nos elétricos

18 de Fevereiro de 2021 às 00:01

GM fará ampla investida nos elétricos Para buscar o topo do ranking de vendas de SUVs que, em 2020, ficou com o T-Cross, a GM vai ampliar a produção do Tracker. Além da fábrica em São Caetano do Sul (SP), o modelo será produzido na planta de Rosário. Crédito da foto: Divulgação

A GM está se preparando para tornar todos os seus veículos leves livres de emissões até 2035. Para isso, a empresa promete oferecer 30 modelos 100% elétricos em todo o mundo até meados desta década. Nos EUA, 40% dos carros lançados pela fabricante até 2025 serão movidos a eletricidade.

O projeto foi desenvolvido em parceria com o Fundo de Defesa Ambiental (EDF) dos EUA. E faz parte do plano da empresa para se tornar neutra em emissões de carbono por produtos e operações globais até 2040.

Os passos para atingir tal meta incluem a utilização de energia renovável e o aproveitamento de compensações ou créditos mínimos de carbono. E são fruto de um investimento de US$ 27 bilhões (aproximadamente R$ 147 bilhões) na produção de veículos elétricos e autônomos nos próximos 5 anos.

O plano prevê formas de estimular o consumidor a utilizar a nova tecnologia e a construção de uma infraestrutura de carregamento de veículos elétricos. Para isso, mais de 2.700 carregadores rápidos devem ser instalados nos EUA até o fim de 2025. A GM promete ainda trabalhar para manter empregos.

“A GM está deixando claro que tomar medidas para eliminar a poluição de todos os veículos leves novos até 2035 é um elemento essencial do plano de negócios de qualquer fabricante de automóveis”, diz Fred Krupp, presidente do Fundo de Defesa Ambiental dos EUA.

Aporte

Mais da metade dos investimentos e da equipe de desenvolvimento de produtos da GM serão dedicados aos programas de veículos elétricos e autônomos. A empresa promete lançar nos próximos anos pelo menos uma opção elétrica em cada segmento, sejam SUVs, crossovers, picapes ou sedãs.

Nesse meio tempo, a empresa pretende aumentar a eficiência de seus veículos com motores a combustão. Para isso, deve adotar sistemas como o start & stop, que desliga e religa o motor automaticamente em paradas de semáforo, por exemplo.

Polêmica

A empresa pretende ainda acabar com uma polêmica acerca da fabricação de carros elétricos. Alguns grupos de ambientalistas afirmam que fazer modelos a bateria polui mais do que produzir carros com motor a combustão. Para isso, GM pretende fazer com que 100% da energia utilizada em suas instalações nos EUA seja renovável. Além de estimular o desenvolvimento de fontes alternativas de produção de energia, como eólica e fotovoltaica. Isso para ser utilizada no recarregamento das baterias de seus futuros veículos movidos a eletricidade.

Brasil

GM fará ampla investida nos elétricos Empresa retomou plano de investimentos de R$ 10 bilhões, de modo a desenvolver as novas gerações da minivan Spin (foto) e da picape S10. Crédito da foto: Divulgação

Ao mesmo tempo, a GM vem reforçando estratégias que visam a manutenção da liderança de vendas do mercado brasileiro, por exemplo. Após retomar o plano de investimentos de R$ 10 bilhões, de modo a desenvolver as novas gerações da minivan Spin e da picape S10, a empresa prepara a fábrica de Alvear, em Rosário, na Argentina, para produzir o SUV Tracker e uma inédita picape de porte intermediário.

A norte-americana está decidida a conquistar o topo do ranking de vendas de SUVs que, em 2020, ficou com o Volkswagen T-Cross. Para tanto, precisa ampliar a produção do Tracker, que até agora é montado em São Caetano do Sul (SP). Assim, a planta de Rosário deverá ajudar a ampliar a oferta do modelo, bem como receber a linha de produção da futura rival da Fiat Toro.

A produção do Tracker na Argentina deve começar ainda neste ano. Já a nova picape deverá chegar ao mercado só em 2022. Portanto, até dezembro a empresa deve encerrar a produção da linha Cruze (hatch e sedã), para abrir espaço para o SUV compacto. A previsão inicial é de que da planta de Rosário saiam 5 mil unidades/mês.

Se isso se confirmar, a oferta do modelo passará a ser de cerca de 6.500 unidades/mês. Ou seja, o Tracker deve vir com tudo para cima do T-Cross. Paralelamente, a marca da GM desenvolve a inédita picape que, assim como o Tracker, vai utilizar a plataforma modular GEM, voltada especificamente para mercados emergentes.

O projeto da nova picape é mantido em segredo. Entretanto, é certo que o modelo vai compartilhar tudo com o Tracker, da arquitetura ao acabamento e mecânica.

O tamanho do novo modelo será similar ao da Toro. Contudo, a picape da Chevrolet terá uma proposta mais urbana e não deve sequer oferecer versão 4x4.

O nome ainda é um mistério. Mas há rumores de que o modelo poderá ser batizado de Nova Montana. Afinal, a novidade vai aposentar de vez a picapinha derivada do Agile, e que estreou no Brasil há cerca de uma década.

A nova picape deverá ter motor 1.3 com turbo e câmbio automático de seis marchas, com potência de até 133 cv e torque de até 21,4 mkgf, com etanol. A tração será dianteira e a suspensão traseira terá eixo de torção. Dessa forma, a GM vai conseguir oferecer o novo modelo com preços competitivos.

Nos EUA

GM fará ampla investida nos elétricos No Brasil, o Chevrolet Bolt é um dos poucos modelos 100% elétricos do mercado, comercializado desde 2020. Crédito da foto: Divulgação

A GM dos EUA revelou no domingo (14) o novo Chevrolet Bolt, compacto elétrico. Além da versão repaginada do modelo, também apresentou um “irmão maior” do compacto, um SUV um pouco maior, que foi batizado como Chevrolet Bolt EUV.

Os dois modelos, construídos a partir da mesma base, devem chegar ao mercado americano em julho. (Estadão Conteúdo)

Galeria

Confira a galeria de fotos