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Sorocaba

Moradores e comerciantes do Vitória Régia pedem mais contêineres

Os reclamantes dizem que os dispositivos colocados no bairro são insuficientes para atender a demanda de lixo

11 de Dezembro de 2023 às 23:01
Vinicius Camargo [email protected]
Devido à falta de espaço, há pessoas que até colocam os sacos de lixo no chão, ao lado do contêiner
Devido à falta de espaço, há pessoas que até colocam os sacos de lixo no chão, ao lado do contêiner (Crédito: CORTESIA / CARLOS BISPO ALVES)

Moradores e comerciantes do Parque Vitória Régia, em Sorocaba, reclamam da falta de contêineres de lixo no bairro, já que a pouca quantidade de recipientes gera grande acúmulo de resíduos e, consequentemente, transtornos. A situação ocorre em diversas ruas. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema) se comprometeu a tomar providências.

O tapeceiro Carlos Bispo Alves, de 49 anos, tem uma loja na rua José Trugillano. De acordo com ele, antes, havia, em média, quatro contêineres a cada dois quarteirões, para atender a aproximadamente 60 casas. Porém, ele afirma que houve retirada e, agora, há somente dois para suprir a mesma demanda. Com isso, o lixo chega a transbordar nos recipientes.

A situação piora aos sábados e domingos, pois, como os coletores não passam, todos os resíduos jogados nesses dois dias ficam nos contentores até segunda-feira. De acordo com Carlos, devido à falta de espaço, há pessoas que até colocam os sacos no chão, ao lado das lixeiras. Isso gera outra complicação, pois cães rasgam os plásticos e espalham os lixos pelas ruas. “A montanha de lixo é tão grande que os cachorros sobem nela atrás de comida”, contou.

Carlos disse, ainda, que catadores de materiais recicláveis também reviram os recipientes e não colocam de volta os resíduos. Para ele, essa situação poderia ser resolvida com a instalação de recipientes de coleta seletiva. Assim, os moradores e comerciantes poderiam separar o lixo, o que ajudaria os catadores e acabaria com o problema.

A aposentada Maria Bispo Alves, de 71 anos, -- mãe de Carlos -- mora em uma residência na mesma rua. Ela relatou que o excesso de resíduos causa o aparecimento de bichos e mau-cheiro, sobretudo, por conta dos resíduos despejados na calçada e no asfalto. Quando esses dois problemas se intensificam, ela mesma recolhe os sacos e tenta fazê-los caber nas lixeiras. “Fica muito fedido, ninguém aguenta, incomoda muito”, reclamou.

Na rua Mariano Vera Dias, o cenário é igual. De acordo com o autônomo José Ferreira de Sousa, de 71 anos, o forte odor que exala dos recipientes pode ser sentido a metros de distância. “No calor, as coisas estragam com mais facilidade, e o lixo tem muito mais cheiro”, falou.

O cheiro ruim também incomoda quem mora e trabalha na rua Josefa Rúbio Bastida. Lá, outro transtorno é a infestação de moscas, reclamou Nelcy Cristina Pereira, de 49 anos, gerente de uma sorveteria.

Na tarde de quinta-feira (7), quando a reportagem do Cruzeiro do Sul esteve no local, a lixeira estava lotada ao ponto de não fechar. “Tem dias (em) que não conseguimos fica aqui, por causa do cheiro”, reclamou a mulher.

O que diz a Sema

Em nota, a Secretaria do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema) informou que enviou fiscais, no dia 8, ao Parque Vitória Régia para verificar a situação e tomar as providências cabíveis. A Sema garante que não houve redução no número de contêineres no bairro. “O que pode ter ocorrido é que, nesta época de fim de ano, tende a aumentar a quantidade de resíduos domiciliares e comerciais”, justificou.

A Sema também informou que notificou, no dia 7, um estabelecimento comercial da região a se adequar à legislação municipal. Pela lei, comércio ou prestador de serviço que gera acima de 101 litros de resíduos, por coleta, deve ter o seu próprio contentor.

O serviço da coleta de lixo ocorre às segundas, quartas e sextas-feiras, no período da manhã, a partir das 7h. A Sema orienta que o morador observe esses dias e horários para colocar o lixo fora, evitando, assim, a ação dos catadores. “De qualquer forma, a Prefeitura estudará a melhor forma de solucionar essa questão para o bem-estar da comunidade”, finalizou.