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Aliança entre 25 países busca redução dos resíduos plásticos

05 de Junho de 2019 às 09:03

O plástico dos rios é levado para os oceanos. Na foto, a poluição do rio Tietê na altura da Usina de Lavras, em Salto - Foto: Cadu Rolim/Fotoarena/Estadão Conteúdo (18/02/2019)

Fernanda Vanhoni

A Aliança para o Fim dos Resíduos Plásticos envolve mais de 25 empresas globais, tendo como compromisso o investimento de US$1,5 bilhão nos próximos cinco anos para acabar com os resíduos plásticos no meio ambiente, principalmente nos oceanos. Dentre as empresas atuantes na organização estão fabricantes de plásticos e de bens de consumo, varejistas e empresas de gerenciamento de resíduos, tais como a P&G, Braskem, Suez e a Veolia.

Os plásticos trouxeram para o mundo moderno diversos benefícios, mas após mais de 60 anos da sua criação, é necessário resolver o problema causado pelos seus resíduos. Para David Taylor, presidente da Alliance e CEO da P&G, o problema dos resíduos plásticos é um desafio global, complexo e sério que exige atuação rápida e liderança forte, sendo a Aliança o esforço mais abrangente para combater o plástico no meio ambiente em escala mundial.

A organização identificou que apenas 10 rios no mundo transportam mais de 90% dos plásticos para os oceanos e que apenas cinco países são responsáveis por mais da metade dos resíduos plásticos no meio ambiente. As estratégias da Aliança para alcançar o objetivo incluem realizar parcerias com municípios, desenvolver um banco de dados global, colaborar com organizações como a ONU e financiar incubadoras para o desenvolvimento de novas tecnologias para reciclagem e modelos de negócios ou que impeçam que os resíduos cheguem ao oceano, promovendo também a economia circular.

Gerar consciência é o caminho, e esse é um compromisso que todos precisamos ter, como empresas ou seres humanos. Entender que ao chegar ao mar o plástico torna-se um vilão, um ataque à vida. No Brasil, algumas cidades iniciaram uma campanha que alerta para o uso indiscriminado do plástico com a implementação de leis que proíbem o fornecimento de canudos plásticos por parte dos comerciantes. A conscientização começa com a percepção de que é possível utilizar canudo de papel ou comestível, e a colocação dessa ação em prática, contribuindo para reduzir a geração de resíduo plástico no meio ambiente, não somente do canudo, mas dos outros diversos objetos confeccionados com o plástico.

Para além dos esforços da Aliança, todos devemos ser conscientes, repensando a nossa geração e destinando os resíduos da melhor forma possível.

Fernanda Vanhoni é sanitarista e gerente de Engenharia da Veolia Santa Catarina.