O cantor e compositor sorocabano Júlio Moura se apresenta nesta sexta (31), às 16h30, no Centro de Lazer e Esportes do Sesi Sorocaba. O show, que ocorrerá ao lado da cantina, tem entrada gratuita e é aberto a todos os interessados. O artista estará acompanhado do guitarrista Fábio Leal e pelo sanfoneiro Beto Correa e tocará músicas autorais que fazem parte de seu primeiro EP (extended play) intitulado “Em frente”, lançado no início do ano passado.
Destacado pela sonoridade rica e criativa gerada a partir do contraponto entre guitarra e sanfona, o EP reúne seis músicas compostas Júlio Moura, produzidas em parceria com Leal e Correa. Elogiado pela crítica especializada, o trabalho marcou o início da carreira solo de Júlio, ex-vocalista da banda sorocabana Mariamadame, e se destaca pelas letras que valorizam a ancestralidade negra no Brasil.
As músicas falam — entre outros temas — sobre autoestima, perseverança e uma profunda reflexão sobre negritude. “Em frente” relaciona música e poesia, usando voz, guitarra e sanfona. O diálogo entre esses três instrumentos, segundo Moura, procura estabelecer um diálogo entre a tradição brasileira e a música contemporânea. O show de hoje terá participações especiais do cantor peruano Miguel Ganggini, e dos rappers Márcio Brown e Tique.
“Verbatim”
No sábado (1º), às 20h, o Sesi recebe o espetáculo teatral “Como todo mundo”, com a atriz Regina Fonseca. A peça é considerada o primeiro monólogo brasileiro a fazer uso da técnica “verbatim”, na qual os atores escutam depoimentos em fones de ouvido em cena e buscam reproduzir simultaneamente no palco, com o máximo de fidelidade, rompendo com conceitos do teatro convencional como a construção de personagem e memorização dos textos.
Dirigida e produzida pela própria atriz, a peça que estreou no final de 2016 é baseada em um depoimento real de uma ex-dona de bordel da região de Sorocaba e tem cerca de 40 minutos de duração. O título do espetáculo foi extraído de uma declaração feita pela própria personagem real — cujo anonimato é preservado por Regina –, que revela que “como todo mundo”, enxergava a prostituição com os óculos do preconceito antes de as circunstâncias a levarem a abrir um “bar noturno” voltado à prostituição. A classificação indicativa é de 16 anos. Os ingressos serão distribuídos no local uma hora antes do início do espetáculo. (Da Redação)
