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Fundec comemora 20 anos do Instituto Municipal de Música de Sorocaba

05 de Agosto de 2018 às 13:56

Desde 1998 o IMSS oferece cursos gratuitos de vários instrumentos, entre eles o violino. Crédito da foto: Emídio Marques / Arquivo JCS (08/03/2018)

Duas orquestras da Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba (Fundec) fazem concerto nesta semana em comemoração aos 20 anos do Instituto Municipal de Música (IMMS), também mantido pela Fundec. A Orquestra Experimental se apresenta na terça-feira (7), às 20h, na Sala Fundec, e a Orquestra Orff na quinta (9), no mesmo horário e local. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada) e poderão ser comprados a partir das 8h30 na Fundec (rua Brigadeiro Tobias, 73, Centro).

Ambas orquestras são formadas por alunos do IMMS, criado pela Fundec em 1998, a partir de convênio firmado com a Prefeitura de Sorocaba com o objetivo de formar músicos locais que pudessem integrar a Orquestra Sinfônica de Sorocaba (OSS). Além disso, o núcleo de formação vai ao encontro dos preceitos da Fundec, sua mantenedora: divulgar a arte musical como forma de expressão e cultura e estimular o exercício da criatividade e da sensibilidade.

Sob regência do maestro Paulo Afonso Estanislau, o programa comemorativo do concerto da Orquestra Experimental da Fundec será diversificado e contará com várias peças, entre elas “Pifa”, “Allegretto”, “Radetzky Marsch”, “Brandenburg Sinfonia” e “Anvil Chorus”. Já a apresentação da Orquestra Orff, regida pelas professoras Maria Regina Rabello e Maria do Carmo Latorre contará com as peças “Vois Sur Ton Chemin”, “Arandeiro”, “Kalu”, “Jenny Mamma”, “Pennsylvania”, “Sing Sing Sing”, “Amelie Poulan”, entre outras.

Luiz Zamuner: integração no universo das artes. Crédito da foto: Teófilo Negrão / Divulgação

Formação musical

Com aproximadamente 800 alunos matriculados e corpo docente composto por 27 professores, o IMMS oferece cursos de viola de arco, violino, violoncelo, percussão sinfônica, trompa, trompete, flauta transversal, contrabaixo acústico, violão erudito, piano, clarinete, trombone, saxofone, oboé, fagote, musicalização infantil, teatro, canto lírico e corais adulto e infantil.

De acordo com o presidente da Fundec, Luiz Antonio Zamuner, ao longo desses 20 anos o IMMS teve a oportunidade de integrar centenas de crianças, jovens e adultos no universo da música e do teatro.

“Além disso, conseguiu colocar Sorocaba entre as cidades formadoras e exportadoras de músicos de alto nível”, destaca.

Recém-formada no curso de piano, Giovanna da Cunha Correia destaca o auxílio obtido pelos professores que, segundo ela, a fizeram alcançar uma das melhores conquistas de sua carreira. “Estudar no Instituto foi uma das melhores escolhas que fiz. Passei quase metade da minha vida nele, indo praticamente toda semana. Nele eu não ganhei só conhecimento sobre música, mas ganhei grandes amigos”, diz.

Também formada em piano, Marcella de Sant’ana aponta que a Fundec abriu uma porta riquíssima para o conhecimento da música, já que, até o seu ingresso na instituição, nunca havia tocado e ouvido música clássica. “Não há palavras que expliquem como sou grata pelo Instituto e por minhas professoras”, afirma.

As inscrições para os cursos do IMMS costumam ser abertas entre dezembro e janeiro, conforme edital disponibilizado no site da Fundec. Todos os inscritos passam por teste seletivo e classificatório. Apenas para o curso de musicalização infantil os alunos são selecionados através de sorteio público.

Musicalização infantil, além de coral, também faz parte da programação de cursos. Crédito da foto: Emídio Marques / Arquivo JCS (08/03/2018)

À espera de reajuste

Há quase dois anos, as aulas oferecidas do IMMS deixaram de ser semanais e passaram a ser quinzenais, em virtude do corte na subvenção do município à Fundec. Segundo o presidente da fundação, a medida se fez necessária diante da redução do repasse da Prefeitura que, em meados de 2016, na gestão do prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), caiu 26,3% e, até o momento, não foi reposto. Segundo o presidente, o reajuste da subvenção prevista no convênio está sendo discutido com representantes da administração municipal.

Zamuner destaca que o espaçamento entre as aulas evitou a dispensa de professores e a redução drástica do contingente de alunos atendidos, bem como de abertura de novas vagas. Entretanto, ele reconhece que a medida é paliativa, já que o ritmo das aulas implicará em tempo maior para a formação dos alunos. “Não pode ser definitiva, porque compromete o ritmo dos cursos”, afirma.

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