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Polícia

Idosa sequestrada com o esposo em Tietê foi mantida em cativeiro por nove horas, diz delegado

As investigações continuam; o crime ocorreu em dezembro do ano passado

13 de Maio de 2025 às 12:39
Da Redação [email protected]
Os detalhes foram passados pelo delegado títular da Deic Sorocaba, Dr. Rodrigo Ayres
Os detalhes foram passados pelo delegado títular da Deic Sorocaba, Dr. Rodrigo Ayres (Crédito: Alisson Zanella)

A Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), continua investigando o caso de sequestro mediante a extorsão que vitimou um casal de idosos, de 65 anos, em Tietê. Conforme noticiado pelo Cruzeiro do Sul, na manhã desta terça-feira (13), dois suspeitos foram presos durante a Operação "Arrebate". Outras duas pessoas ainda estão foragidas.

De acordo com o delegado-titular da Deic, Rodrigo Ayres, um dos presos é o líder da organização criminosa que arquitetou o sequestro. Em sua residência, foram apreendidos um Cruze Branco, utilizado durante o planejamento do crime, e um revólver calibre n.38. Desta forma, além da prisão temporária, também foi decretado o flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

"A operação mobilizou 60 policiais civis. Ao todo, 16 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão foram cumpridos em Porto Feliz, Tietê, Laranjal Paulista e Tatuí", relata Ayres. "Inclusive, os oficiais ainda estão na rua dando continuidade às investigações".

Durante a coletiva de imprensa realizada também nesta terça-feira, o delegado-titular explicou que todos os envolvidos residem em Tatuí. Contudo, o sequestro aconteceu na casa do casal, em Tietê. Já Laranjal Paulista e Porto Feliz são peças importantes para as investigações.

O carro apreendido, por sua vez, era utilizado pelos investigados para monitorar a rotina do casal. Já o veículo usado no sequestro, também foi localizado e recolhido pela Polícia durante as diligências.

O sequestro

O sequestro, que vitimou um casal de idosos, aconteceu em 11 de dezembro de 2024, no Jardim Bacilli, em Tietê. Na ocasião, o grupo abordou o homem e a mulher enquanto eles saíam de casa e esperavam o portão automático fechar.

Neste momento, os suspeitos pararam com um veículo próximo à residência do casal. Um deles entrou no carro das vítimas e obrigou que o senhor dirigisse até um determinado bairro rural de Tatuí.

Ao chegar no local, o sujeito obrigou que a senhora descesse e entrasse no outro veículo. Já o homem foi liberado para que retornasse para a sua casa, onde seguiria as negociações para o que grupo liberasse a mulher. Os envolvidos pediam dinheiro, a transferência do carro, avaliado em R$ 180 mil, e imóveis.

Segundo o apurado pela Polícia, os sequestrados levaram a senhora até o fundo de uma adega, também localizada em Tatuí. Ela foi mantida em cativeiro durante aproximadamente nove horas. Durante esse período, o grupo fazia ameaças contra a sua vida.

Na Operação "Arrebate", os oficiais cumpriram o mandado de busca e apreensão na adega.

"O sequestro foi muito bem arquitetado e até por isso a urgência de prender os outros envolvidos, se trata de uma organização criminosa especializada", explica Rodrigo Ayres. "Até o momento, não há registro de outras ocorrências similares na região. Contudo, a Polícia investiga se o grupo já atuou em outras cidades do Estado de São Paulo".

O boletim de ocorrência foi no mesmo dia do sequestro. A Operação "Arrebata" contou com o apoio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga.