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Campanha ajuda a conviver com doença renal crônica

10 de Março de 2021 às 00:01

Campanha ajuda a conviver com doença renal crônica Dia Mundial do Rim orienta sobre inclusão de pacientes. Crédito da foto: Divulgação / SBN

“Vivendo bem com a doença renal” é o tema do Dia Mundial do Rim em 2021, lembrado nesta quinta-feira (11). Os objetivos são conscientizar e orientar os pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) quanto aos próprios sintomas, para que possam participar, de forma mais efetiva, da vida cotidiana. No Brasil, a campanha tem coordenação da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).

De acordo com a SBN, embora as medidas eficazes de prevenção e para reduzir a velocidade da progressão da DRC sejam importantes, os pacientes com doença renal -- incluindo aqueles que dependem de diálise e os transplantados -- devem também sentir-se apoiados, junto aos seus familiares e acompanhantes, especialmente durante pandemias e outros períodos críticos. Ainda segundo a entidade, a inclusão dos pacientes com DRC na vida cotidiana é o foco principal da campanha deste ano, cujo objetivo final é explicar como viver bem, mesmo com a doença renal.

No Centro de Nefrologia e Diálise (CND) do Hospital Dr. Miguel Soeiro (Unimed Sorocaba), são atendidos, em média, 80 pacientes por mês, os quais passam por cerca de mil sessões mensais de terapia renal substitutiva (TRS), divididas em três sessões semanais para cada paciente.

Existem dois tipos de TRS, como explica o nefrologista e coordenador do CND da Unimed Sorocaba, doutor Carlos Alberto Caniello. “Existe a hemodiálise, que é feita por meio de um equipamento específico que filtra o sangue diretamente e o devolve ao corpo do paciente com menos impurezas. Há, também, a diálise peritoneal, em que uma solução especial é infundida e drenada diretamente no abdômen do paciente, sem contato direto com o sangue”, diz.

Doença renal crônica

Os rins têm muitas funções, como a de regular a pressão arterial, “filtrar” o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, entre outras.

Segundo o doutor Caniello, a DRC é a perda progressiva e lenta da função dos rins. “Devido as adaptações do organismo, ela se torna imperceptível aos pacientes”, explica. Assim, são fundamentais a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, com exames de baixo custo, como a creatinina no sangue e o exame de urina simples.

A partir desse estágio, ou seja, quando metade da capacidade dos rins já foi comprometida de forma irrecuperável, começam a aparecer os sintomas, mas que nem sempre chamam a atenção. “Anemia discreta, aumento da pressão arterial, edema (inchaço), mudança nos hábitos de urinar (levantar diversas vezes à noite para urinar), alterações na coloração da urina, entre outros sinais, devem ser observados com atenção e levados ao conhecimento do médico”, destaca o doutor Caniello.

A fase mais crítica da DRC acontece quando a função renal se reduz abaixo de 10 ou 15% e torna-se necessário o uso de outros métodos de tratamento, que são a diálise ou o transplante renal. (Da Redação)