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Aumento nos casos deixa Sorocaba em alerta para epidemia de dengue

03 de Abril de 2019 às 11:57

Ações educativas e de eliminação dos criadouros são feitas na cidade desde o início do ano. Crédito da Foto: Secom Sorocaba

A Vigilância Epidemiológica de Sorocaba emitiu alerta aos centros de saúde devido a possibilidade do município entrar em período epidêmico de dengue nas próximas semanas. De acordo com o Boletim Epidemiológico, de 1º de abril, o atual momento é considerado como pré-epidêmico, com risco moderado para período epidêmico.

O alerta é para que todas as unidades de atendimento à saúde estejam organizadas para garantir atendimento adequado e oportuno a todos os casos suspeitos. A avaliação é baseada na tendência de crescimento de casos observada pelo órgão. De acordo com o documento da Divisão de Vigilância Epidemiológica e Zoonoses, foram 173 casos confirmados em 2019, sendo 145 dos casos contraídos no próprio município, 27 casos importados e 1 caso com Local Provável de Infecção (LPI) indeterminado.

Na comparação com os anos de 2017 e 2018, fica evidente o aumento de casos. Até a semana epidemiológica (SE) 13, em 2017, 2018 e 2019 foram respectivamente 35, 8 e 173 casos de dengue confirmados.

A Vigilância acompanha uma curva de tendência, a partir do número de casos da doença em série histórica de 2009 até 2018, sendo excluídos os anos epidêmicos. Nas duas últimas semanas, o órgão observou que a curva dos casos de 2019 apresenta-se acima do limite superior da curva de tendência. De acordo com o boletim, quando a curva ultrapassa o limite superior de casos por quatro semanas consecutivas, considera-se momento epidêmico. Assim, o momento é considerado como pré-epidêmico, com risco moderado para período epidêmico.

Neste ano, os casos estão mais concentrados na região oeste e norte, em especial nas áreas de cobertura Unidade Básica de Saúde (UBS) Nova Esperança e UBS Nova Sorocaba, com atenção para as áreas das UBSs Mineirão, Maria Eugênia e Barão que se apresentam com potencial aumento de casos confirmados pela proximidades com as áreas mais afetadas.

Em relação a chikungunya, foram 13 casos confirmados, sendo 11 autóctones e 2 casos importados, não tendo sido observado aumento significativo dos casos no último mês. Não foi confirmado nenhum caso de Zika vírus. Em relação à febre amarela foram 9 casos notificados, sendo 5 já descartados e 3 casos em investigação. Sendo um caso importado (tendo como local de infecção município de Cajati) confirmado de febre amarela no mês de janeiro.

Ações educativas e de conscientização são realizadas no município para combater o Aedes aegypti. Em fevereiro aconteceu o “Dia D” de combate ao mosquito Um total de 1.180 kg de criadouros foram removidos e 1.709 residências foram visitadas pelo arrastão e bloqueios de casos.

Além da dengue, o Aedes aegypti também transmite a febre amarela, a zika e a chikungunya. Crédito da foto: Divulgação/ Fiocruz

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Votorantim registrou 39 casos da doença

Votorantim registrou 39 casos confirmados de dengue em 2019. Foram 35 autóctones (contraídos na cidade) e quatro importados. Não houve nenhum óbito. Os bairros com mais casos são a região Central e o Jardim Tatiana. De acordo com o Município, o Centro de Controle de Zoonoses segue com o trabalho de bloqueio nos bairros onde há casos suspeitos e cumpre o protocolo do Ministério da Saúde, além de contar o apoio da população para combater as larvas.

A Secretaria da Saúde alerta que, caso apareçam os sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e dores no corpo, a pessoa deve procurar de imediato pela Unidade de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência.

No Brasil

O Ministério da Saúde informou que neste ano já foi registrado um aumento de 264,1% dos casos de dengue no país, que passaram de 62,9 mil em 2018 para 229.064 no mesmo período deste ano (até 16 de março). O número de óbitos pela doença também teve aumento, de 67%, sendo grande parte no estado de São Paulo. (Da Redação)