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Diplomacia

Joesley, da JBS, foi pedir a Maduro para renunciar

Empresário teria comunicado o governo brasileiro sobre o encontro

04 de Dezembro de 2025 às 21:07
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Autoridades dos EUA estavam cientes da viagem de Joesley
Autoridades dos EUA estavam cientes da viagem de Joesley (Crédito: EVARISTO SÁ / ARQUIVO AFP)

O bilionário Joesley Batista, sócio-proprietário da JBS, viajou para a Venezuela para tentar persuadir o presidente Nicolás Maduro a renunciar ao cargo, como havia pedido o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um “ultimato” ao país. A informação é da agência internacional Bloomberg, em reportagem publicada ontem (4).

De acordo com a agência, Joesley tem se posicionado discretamente com o intuito de amenizar tensões políticas entre o governo norte-americano e o regime venezuelano. Ele teria se reunido com Maduro no dia 23 de novembro, dois dias depois de Trump ter pressionado o ditador venezuelano a deixar o cargo em uma ligação telefônica.

Joesley teria comunicado o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o encontro que teve com Maduro. A estratégia do empresário brasileiro seria aproveitar a proximidade com Trump para atuar como ponte na melhoria da relação do Brasil com os Estados Unidos. Joesley tem linha direta com o presidente brasileiro também. O Palácio do Planalto foi procurado, mas não se manifestou.

A Bloomberg destacou o papel de Joesley Batista como mediador, na tentativa de amenizar as tensões políticas entre o governo Trump e a Venezuela. A agência afirmou que autoridades do governo Trump estavam cientes dos planos do empresário de visitar Caracas, mas não foi solicitado a ele viajar em nome dos EUA.

A viagem ocorreu em meio a sinais crescentes de que o governo Trump está preparando operações militares dentro da Venezuela. Washington denominou o Cartel de los Soles como uma organização terrorista e acusou Maduro de liderar o esquema.

Os Estados Unidos realizam desde setembro ataques letais a embarcações que supostamente transportam drogas no Caribe e no Pacífico, e acusam Maduro de liderar um cartel de narcotráfico.

O governo venezuelano nega e argumenta que o objetivo de Washington é derrubar o presidente venezuelano e tomar o controle do petróleo do país. (Da Redação, com informações de Estadão Conteúdo)