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Abalo sísmico

Terremoto na Rússia causa alertas de tsunami

Magnitude foi de 8,8 graus, um dos mais fortes já registrados; ondas chegaram a 4 metros de altura

30 de Julho de 2025 às 23:49
Cruzeiro do Sul [email protected]
Tremor ocorreu na península de Kamchatka, no extremo oriente russo e próximo ao Japão
Tremor ocorreu na península de Kamchatka, no extremo oriente russo e próximo ao Japão (Crédito: REPRODUÇÃO / USGS / AFP (30/7/2025))

Um terremoto de magnitude 8,8 graus na península de Kamchatka, no extremo oriente da Rússia, um dos mais fortes já registrados, provocou tsunamis com ondas de até 4 metros de altura ontem (30) e alertas de evacuação dos Estados Unidos à Colômbia. Autoridades russas relataram ferimentos leves, mas não houve registro de mortes. O alerta de tsunami foi suspenso depois de 11 horas do forte terremoto.

O abalo sísmico ocorreu na manhã de ontem (30) no horário local (20h24 de terça-feira em Brasília), na costa de Petropavlovsk, a uma profundidade de 20,7 quilômetros, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

As autoridades de países com costa no Pacífico, dos Estados Unidos ao México e Colômbia, emitiram alertas de evacuação após o terremoto, que o USGS classificou como um dos 10 mais fortes já registrados.

Na Rússia, um tsunami inundou o porto de Severo-Kurilsk, nas Ilhas Curilas, a cerca de 350 quilômetros do epicentro do terremoto, segundo o serviço regional de monitoramento sísmico.

Ondas de até 4 metros de altura alcançaram 400 metros terra adentro e atingiram um memorial da Segunda Guerra Mundial, disse Alexander Ovsiannikov, prefeito do distrito das Ilhas Curilas do Norte. Quase 2 mil pessoas tiveram de deixar suas casas.

O terremoto também provocou um tsunami de três a quatro metros em Elizovskiy, na península de Kamchatka.

“Saímos correndo de roupa íntima com as crianças”, disse uma moradora de Kamchatka à agência de notícias estatal Zvedza. “Por sorte, havíamos deixado uma mala com água e roupas perto da porta. Rapidamente a pegamos e corremos... Foi assustador”, lamentou.

O Japão emitiu inicialmente um alerta de evacuação para quase 2 milhões de pessoas, mas na noite de quarta-feira (horário local), o serviço meteorológico rebaixou o nível de risco para as regiões de Ibaraki e Wakayama. Uma mulher morreu no Japão após cair de um penhasco com seu carro enquanto tentava sair de uma das áreas sob alerta, informou a imprensa local.

Uma onda de tsunami de 1,3 metro atingiu Miyagi, um porto ao norte da província de Iwate. No nordeste, trabalhadores da usina nuclear de Fukushima, devastada por um tsunami em 2011, foram retirados por precaução, informou a operadora.

América Latina

Autoridades de vários países das Américas, dos Estados Unidos ao México e à Colômbia, emitiram alertas de evacuação para as populações costeiras.

O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico dos EUA advertiu para ondas de um a três metros nas costas do Chile, Costa Rica, Polinésia Francesa, Guam, Japão e outras ilhas do Pacífico. O centro suspendeu o alerta de evacuação para o Havaí algumas horas depois.

Sirenes soaram na praia de Waikiki, popular para surfistas, após o terremoto, e houve congestionamentos de veículos enquanto a população seguia para áreas mais altas. O governador do Havaí, Josh Green, anunciou que todos os voos para Maui foram cancelados como precaução.

Vulcão

O vulcão Klyuchevskoi, também no extremo oriente da Rússia, entrou em erupção horas após o terremoto que provocou evacuações e alertas de tsunami na costa do Pacífico, informou o Serviço Geofísico russo.

O terremoto foi o mais forte na região de Kamchatka desde 1952, segundo o serviço regional de monitoramento sísmico, que alertou para possíveis tremores secundários de magnitude 7,5.

A península de Kamchatka é o ponto de colisão das placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte, tornando-a uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo. (AFP)

 

 

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