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Novas sanções

Trump dá 50 dias para Rússia encerrar guerra na Ucrânia

Ameaça é de aplicar tarifa de importação a produtos russos de até 100%

14 de Julho de 2025 às 21:30
Cruzeiro do Sul [email protected]
Putin intensificou ataques aéreos nas últimas semanas
Putin intensificou ataques aéreos nas últimas semanas (Crédito: MIKHAIL METZEL / POOL / ARQUIVO AFP (11/7/2025))

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu à Rússia ontem (14) o prazo de 50 dias para encerrar a guerra na Ucrânia ou enfrentar novas sanções e anunciou o envio iminente de uma grande quantidade de armas a Kiev por meio da Otan.

O presidente russo, Vladimir Putin, recusa-se a encerrar a invasão iniciada em fevereiro de 2022. Sua ofensiva se intensificou nas últimas semanas, coincidindo com o impasse nas negociações lideradas pelos Estados Unidos para encerrar os combates na Ucrânia.

Moscou bate recordes a cada semana no número de drones lançados, fornecidos por uma indústria de defesa operando em plena capacidade.

“Estamos muito, muito descontentes” com a Rússia, disse Trump a jornalistas durante uma reunião com o chefe da Otan, Mark Rutte, na Casa Branca. “Vamos aplicar tarifas muito severas se não chegarmos a um acordo em 50 dias, tarifas de aproximadamente 100%”, declarou Trump.

Ele acrescentou que seriam “tarifas secundárias” que afetariam os parceiros comerciais da Rússia. O objetivo é sufocar economicamente o país, já sujeito a duras sanções ocidentais.

Trump e Rutte revelaram os termos de um acordo pelo qual a aliança militar da Otan compraria armas dos Estados Unidos, incluindo baterias antimísseis Patriot, e as forneceria à Ucrânia para combater a invasão russa.

“Bilhões de dólares em equipamentos militares serão comprados dos Estados Unidos, que serão destinados à Otan (...) e rapidamente distribuídos no campo de batalha”, declarou Trump.

“Nós, os Estados Unidos, não faremos nenhum pagamento... nós os fabricaremos, e eles pagarão”, declarou o presidente.

“Não quero dizer que ele seja um assassino, mas é um cara durão”, comentou ontem sobre Putin, com quem acreditou, em vão, ter selado um acordo quatro vezes.

A primeira-dama Melania Trump parece ter desempenhado um papel em sua mudança de opinião sobre Putin, por quem antes expressava admiração. “Chego em casa e digo à primeira-dama: ‘sabe? Hoje falei com Vladimir; tivemos uma conversa maravilhosa’”, relatou Trump. “E ela disse: ‘Sério? Eles acabaram de atacar outra cidade’”. (AFP)