Buscar no Cruzeiro

Buscar

De novo

Trump diz que vai impor tarifas de 30% para México e UE

Presidente dos EUA citou a entrada de drogas pela fronteira mexicana

12 de Julho de 2025 às 20:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
Ursula von der Leyen falou de medidas proporcionais
Ursula von der Leyen falou de medidas proporcionais (Crédito: JEAN-CHRISTOPHE VERHAEGEN / AFP (9/7/2025))

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem (12) que imporá tarifas de 30% ao México e à União Europeia (UE), o que representa uma nova escalada em meio às negociações comerciais prévias à data limite de 1º de agosto.

O republicano justificou essas decisões, que entrarão em vigor em 1º de agosto, em cartas separadas publicadas em sua plataforma Truth Social, e citou o papel do México no tráfico de drogas para os Estados Unidos e um desequilíbrio comercial com a UE.

O México chamou as tarifas de mais uma manifestação do “tratamento injusto” por parte dos Estados Unidos, enquanto a UE alertou que as novas tarifas podem interromper as cadeias de suprimentos, embora tenha insistido que seguiria com as negociações para chegar a um acordo com os Estados Unidos.

Desde que retornou à Casa Branca, em janeiro, Trump impôs tarifas abrangentes a aliados e concorrentes, o que agitou os mercados financeiros e aumentou os temores de uma recessão econômica global.

As novas tarifas para o México são maiores do que a tarifa de 25% imposta por Trump no início deste ano, embora os produtos que entram nos Estados Unidos sob o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC) estejam isentos.

“O México tem me ajudado a proteger a fronteira, mas o que o México fez não é suficiente”, disse Trump em sua carta. À presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, o presidente dos EUA afirmou que o México ainda não conseguiu parar os cartéis.

Alemanha e França querem que a UE negocie com os Estados Unidos. O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou a “forte desaprovação” de seu país ao anúncio de Trump.

“Continuamos prontos para continuar trabalhando em direção a um acordo até 1º de agosto. Ao mesmo tempo, tomaremos todas as medidas necessárias para salvaguardar os interesses da UE, incluindo a adoção de contramedidas proporcionais, se necessário”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. (AFP e Estadão Conteúdo)