A aliança de grupos rebeldes sírios afirmou que está cercando Damasco, enquanto o governo negou a retirada de suas tropas e desmentiu que o presidente Bashar al-Assad tenha abandonado a capital.

“Nossas forças começaram a fase final do cerco à capital, Damasco”, afirmou o comandante rebelde Hasan Abdel Ghani, que faz parte da aliança liderada pelo grupo islamita radical Hayat Tahrir al Sham (HTS), que iniciou a ofensiva relâmpago na semana passada.

O Ministério da Defesa negou com veemência que o exército teria abandonado suas posições próximas à cidade e denunciou versões “infundadas”. Em um subúrbio de Damasco de maioria drusa e cristã, dezenas de manifestantes derrubaram uma estátua de Hafez al-Assad, pai e antecessor do atual presidente.

Segundo a ONG Observatório Sirio para os Direitos Humanos (OSDH), as forças governamentais perderam nas últimas horas o controle da província de Daraa, no sul, e abandonaram posições em Quneitra, perto das Colinas de Golã anexadas por Israel.

Perto de Homs, os bombardeios executados pelas forças aéreas do governo e da Rússia mataram pelo menos sete civis ontem (7) durante combates para tentar conter o avanço rebelde.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em sua plataforma Truth Social que seu país não deveria se envolver na situação da Síria. “A Síria está uma bagunça, mas não é nossa amiga, e os Estados Unidos não devem ter nada a ver com isso. Essa luta não é nossa. Vamos deixar (a situação) se desenvolver. Não vamos nos envolver”, escreveu o futuro presidente dos Estados Unidos. (AFP)