Milhares de libaneses deslocados pelos confrontos entre o Hezbollah e Israel iniciaram, ontem (27), o retorno para suas casas, no sul do país, após um cessar-fogo estabelecido aos dois meses de guerra aberta.

A trégua, em vigor desde as 4h locais (23h de terça-feira pelo horário de Brasília), interrompe um conflito que deixou milhares de mortos e 900 mil deslocados no Líbano, além de dezenas de milhares de evacuados no norte de Israel.

O exército libanês anunciou ontem que reforçou sua presença no sul do país, reduto do Hezbollah, na região ao sul do rio Litani, a cerca de 30 km da fronteira com Israel.

O deputado do Hezbollah, Hassan Fadlallah, afirmou que o movimento cooperará com o Estado libanês para reforçar o deslocamento do exército no sul, garantindo não ter “armas visíveis” nem “bases” na região. A ONU também afirmou que está adaptando suas operações à “nova situação”.

Sem esperar pela autorização dos militares, milhares de moradores do sul do Líbano, da periferia sul de Beirute e do vale de Bekaa, no leste, todos redutos do Hezbollah, iniciaram o caminho de volta para casa.

Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que vai renovar seus esforços para obter um acordo entre Israel e o Hamas e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza, após a trégua concluída entre Israel e Hezbollah no Líbano.

Os Estados Unidos veem “um princípio de oportunidade para um Oriente Médio mais estável”, afirmou Jake Sullivan, assessor de Segurança Nacional de Biden, em entrevista à emissora MSNBC. (AFP)