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Morte do lider do Hamas

ONU: ataques elevam tensão no Oriente Médio

Líder do Hamas foi morto no Irã por bombardeio atribuído a Israel

31 de Julho de 2024 às 22:10
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Geraldo Alckmin esteve há poucos metros de Haniyeh (acima)
Geraldo Alckmin esteve há poucos metros de Haniyeh (acima) (Crédito: REPRODUÇÃO / TV)

O secretário-geral da ONU, António Guterres, alegou que os ataques a Beirute e Teerã contra líderes do movimento xiita Hezbollah e do Hamas, representam uma “escalada perigosa” de violência na região.

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, morreu ontem (31) em um bombardeio atribuído a Israel, tanto pelo movimento islamista quanto pelo Irã, que juraram vingança, o que faz temer um aumento de conflitos no Oriente Médio, em plena guerra em Gaza.

O movimento libanês Hezbollah confirmou que seu chefe militar, Fuad Shukr, estava no edifício atacado por Israel perto de Beirute.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou ontem (31) que seu país “desferiu golpes devastadores” contra seus inimigos nos últimos dias, mencionando a morte do comandante do movimento libanês Hezbollah, Fuad Shukr, morto em um bombardeio perto de Beirute.

“Eliminamos o braço direito de Hassan Nasrallah (o líder do Hezbollah) que era o responsável direto por um massacre de crianças”, disse Netanyahu em um discurso televisionado, referindo-se a um foguete que atingiu um campo de futebol no território anexado das Colinas de Golã no sábado (27), ataque que Israel atribuiu a este movimento libanês xiita aliado do Irã.

A guerra em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando milicianos islamitas atacaram o sul de Israel e mataram 1.197 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais israelenses.

Os combatentes também sequestraram 251 pessoas. O exército israelense estima que 111 permanecem em cativeiro em Gaza, das quais 39 teriam morrido.

O Brasil condenou a morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, “um ato de violência que não contribui para a busca da paz no Oriente Médio”, expressou ontem o Ministério das Relações Exteriores. O Brasil, que preside neste ano o G20, “repudia o flagrante desrespeito à soberania e integridade territorial do Irã”, acrescentou o Itamaraty.

Alckmin

Horas antes de ser atacado, Ismail Haniyeh esteve na posse de Masoud Pezeshkian, novo presidente do Irã, na terça-feira (3). Durante a solenidade, o líder do grupo terrorista ficou a poucos metros de distância do vice-presidente brasileiro Geraldo Alckmin (PSB), que representou o governo brasileiro na cerimônia.

Imagens da Press TV, televisão estatal do regime iraniano, mostram Alckmin a poucas cadeiras de distância de Haniyeh. Apesar da proximidade, o vice-presidente do Brasil não conversou com o líder do Hamas durante a reunião.

Pezeshkian substituiu o ex-presidente iraniano Ebrahim Raisi. O ex-chefe do Executivo do país era considerado “linha-dura” e morreu em um acidente de helicóptero em maio.

Haniyeh estava presente na cerimônia de posse pela proximidade do regime iraniano com o Hamas. O Irã é um dos principais fiadores do grupo terrorista. (AFP e Estadão Conteúdo)