Conflito
Suíça sedia cúpula pela paz na Ucrânia
Nenhum representante da Rússia participou do encontro com 50 países
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou ontem (15) na Suíça a esperança de alcançar “uma paz justa o mais breve possível”, em uma cúpula que busca formas para acabar com o conflito com a Rússia, que não participou da reunião.
“Acredito que testemunharemos a história sendo escrita aqui nesta cúpula. Que uma paz justa seja alcançada o mais breve possível”, declarou Zelensky no início da reunião. “Tudo o que for consenso na cúpula fará parte do processo de paz”, acrescentou.
A reunião acontece um dia depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter exigido a rendição de Kiev antes de qualquer negociação. O encontro de dois dias é celebrado no luxuoso resort Burgenstock e reúne Zelensky a mais de 50 chefes de Estado e de Governo.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva recusou o convite e enviou seu embaixador em Berna.
O objetivo, segundo o país anfitrião, é preparar um caminho para a paz que mais tarde envolverá também a Rússia. Putin, no entanto, chamou a cúpula de “truque para desviar a atenção”.
Em um discurso televisionado, o líder do Kremlin disse que ordenará um cessar-fogo e iniciará negociações “assim que” Kiev começar a retirar as tropas do disputado leste e sul da Ucrânia e renunciar à adesão à Otan.
A Otan e os Estados Unidos também repudiaram as condições de Moscou para acabar com a guerra que começou com a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Para o chanceler alemão, Olaf Scholz, as exigências russas equivalem a “ditar” a paz.
O líder ucraniano afirmou ontem que apresentará propostas de paz à Rússia assim que a comunidade internacional chegar a um consenso. (AFP)