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Internacional

Negociadores buscam cessar-fogo em Gaza

Forças armadas israelenses teriam atirado contra uma multidão de palestinos em meio a entrega de alimentos

02 de Março de 2024 às 23:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
EUA, Egito e Catar ampliaram ajuda humanitária aos palestinos
EUA, Egito e Catar ampliaram ajuda humanitária aos palestinos (Crédito: AFP)

Negociadores estão se reunindo no Cairo, capital do Egito, para tentar resgatar um plano de cessar-fogo em Gaza durante o mês sagrado islâmico do Ramadã, depois que forças armadas israelenses teriam atirado contra uma multidão de palestinos em meio a entrega de alimentos de um comboio de ajuda humanitária. O incidente mortal resultou em dezenas de mortes em Gaza e ameaças do Hamas de abandonar as negociações.

Com o desembarque de autoridades israelenses na capital egípcia ontem (2) e a chegada de uma delegação do Hamas e do Catar hoje (3), espera-se que as conversações avancem.

Contudo, os eventos mortais durante o saque ao comboio de ajuda humanitária no norte de Gaza minaram o ímpeto das negociações nos últimos dias. O Hamas disse que Israel -- cujos militares supervisionaram a entrega da ajuda humanitária -- estava tentando se eximir da responsabilidade pelo que chamou de assassinato sistemático de palestinos. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o tiroteio matou mais de 100 palestinos.

Já Israel alegou que militares mataram ao menos de dez pessoas quando suas tropas atiraram contra uma multidão de palestinos e que muitos foram mortos por pistoleiros palestinos ou pisoteados até a morte no caos do momento.

As autoridades do Hamas disseram aos negociadores que, nos próximos dias, poderão propor novos números para a quantidade de prisioneiros palestinos que esperam receber em troca dos cerca de 40 reféns israelenses.

Os Estados Unidos, o Egito e o Catar também estão se esforçando para manter as negociações em andamento, fornecendo mais ajuda humanitária a Gaza nos próximos dias. A esperança é lidar com a fome disseminada na região e apaziguar o Hamas, que tem dito repetidamente que as negociações de cessar-fogo dependem do aumento da ajuda humanitária, especialmente para a metade norte da Faixa de Gaza. (AFP)