França
Torre Eiffel é fechada pelo 2º dia seguido por greve de funcionários
Sindicatos alegam que a Prefeitura de Paris impõe um modelo de negócios "insustentável" devido ao desequilíbrio entre as receitas e as despesas
A Torre Eiffel, principal monumento de Paris, na França, manterá suas portas fechadas nesta terça-feira (20), pelo segundo dia consecutivo, devido a uma greve de funcionários, informou um representante sindical à AFP.
A empresa que opera o símbolo parisiense, SETE, comunicou em seu site que "as visitas ao monumento serão interrompidas nesta terça-feira" e sugeriu aos turistas que adiassem sua visita. Aqueles que adquiriram ingressos de forma virtual foram orientados a verificar seus e-mails para obter mais informações. O fechamento provocou frustração em muitos visitantes, principalmente, turistas estrangeiros.
A greve, que começou na segunda-feira (19), foi convocada pelos sindicatos de funcionários, CGT e FO, para "denunciar a atual gestão" da Torre Eiffel. Ambos alegam, sobretudo, que a Prefeitura de Paris, acionista majoritária da empresa, impõe um modelo de negócios "insustentável" devido ao desequilíbrio entre as receitas e as despesas, agravadas pela crise da Covid-19.
Em um comunicado conjunto na segunda-feira, os sindicatos CGT e FO pediram à prefeitura de Paris que fosse "razoável nas suas exigências financeiras para garantir a sobrevivência do monumento e da empresa que o explora".
Segundo o representante do CGT Alexandre Leborgne, a instância municipal "recusa-se a negociar neste momento".
Em 2023, o monumento mais famoso de Paris recebeu 6,3 milhões de visitantes, a marca mais elevada desde 2019. Este número deve ser ainda maior este ano com os Jogos Olímpicos de Paris, que acontece entre os dias 26 de julho e 11 de agosto. (AFP)