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Mudanças climáticas

Terra teve janeiro mais quente da história

08 de Fevereiro de 2024 às 23:01
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O ano de 2023 também foi o mais quente já registrado
O ano de 2023 também foi o mais quente já registrado (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS (14/12/2023))

 

O ano de 2024 já começou batendo recorde histórico de calor. De acordo com o observatório climático europeu Copernicus, janeiro de 2024 teve a temperatura média global mais alta já registrada para o primeiro mês do ano, fechando em 13,14º C. O valor significa um aumento de 0,70º C em relação à média de 1991-2020 para janeiro e de 0,12º C sobre o anterior janeiro mais quente, em 2020. Em São Paulo, o crescimento foi de 0,80º C, segundo o Inmet.

“As temperaturas europeias variaram em janeiro de 2024, desde muito abaixo da média de 1991-2020 nos países nórdicos até muito acima da média no sul do continente. Fora da Europa, as temperaturas estiveram muito acima da média no leste do Canadá, no noroeste de África, no Médio Oriente e na Ásia Central, e abaixo da média no oeste do Canadá, no centro dos EUA e na maior parte da Sibéria Oriental”, afirma o observatório europeu, em boletim divulgado ontem (8).

Os registros também mostram que o globo ultrapassou o limite de aquecimento de 1,5 graus celsius durante 12 meses em relação à era pré-industrial (meados do século 19), acordado internacionalmente sobre o clima em 2015, no episódio que ficou conhecido como o Acordo de Paris.

Em 2023, ano mais quente já registrado até então pelo observatório europeu Copernicus, a temperatura média foi 1,48º C mais quente do que na era pré-industrial. Agora, considerando fevereiro de 2023 a janeiro de 2024, o aumento é de 1,52º C.

No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou na quarta-feira (7) um boletim climático que cita “eventos extremos” relacionados à chuva em janeiro. “O mês foi marcado por episódios de chuva que causaram alagamentos, deslizamentos e impactos no agronegócio”, diz o texto.

Em São Paulo, capital, a temperatura média ficou 0,80º C acima da referência climatológica para o mês. No ano passado, a cidade, entre outras do País, já havia enfrentado diversas ondas de calor extremo, com termômetros marcando 40º C.

A média global da superfície do mar também bateu recorde para janeiro. A temperatura dos mares atingiu média de 20,97º C, 0,26º C mais quente do que o anterior janeiro mais quente, em 2016, e o segundo valor mais elevado para qualquer mês no conjunto de dados, a 0,01°C do recorde de agosto de 2023 (20,98°C). (Estadão Conteúdo)