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Internacional

EUA e Reino Unido bombardeiam posições rebeldes do Iêmen

12 de Janeiro de 2024 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Rebeldes huthis protestaram contra o ataque americano
Rebeldes huthis protestaram contra o ataque americano (Crédito: AFP)

Os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam, nesta sexta-feira, 12, posições dos rebeldes huthis no Iêmen, após dois ataques contra embarcações no Mar Vermelho, cometidos nas últimas semanas. Segundos os rebeldes os ataques foram em ‘solidariedade‘ aos palestinos em Gaza.

Estados Unidos, Reino Unido e oito de seus aliados asseguraram, em um comunicado, que com estes ataques buscam ‘desescalar as tensões‘ e ‘restaurar a estabilidade no Mar Vermelho‘, por onde passa 12% do comércio mundial.

Os bombardeios desta sexta-feira atingiram instalações militares dos huthis em várias localidades, disse um porta-voz militar do movimento rebelde por meio da plataforma X, destacando que foram 73 ataques e incluíram a capital, Saná, e a cidade portuária de Hodeida.

‘Esta agressão (...) não ficará sem resposta‘, alertou o porta-voz, acrescentando que ao menos cinco rebeldes morreram e seis ficaram feridos.

‘Todos os interesses americanos e britânicos se tornaram alvos legítimos das forças armadas imenitas, após a agressão direta e declarada contra a República do Iêmen‘, afirmou o Conselho Político Supremo dos huthis.

Os huthis fazem parte do autoproclamado ‘eixo de resistência‘, um grupo de movimentos armados hostis a Israel e apoiados pelo Irã, que também inclui o Hamas e o Hezbollah libanês.

A Casa Branca assegurou que os Estados Unidos ‘não buscam um conflito com o Irã‘, nem uma ‘escalada‘ bélica.

Desde o início da guerra em Gaza, os huthis lançaram vários ataques no Mar Vermelho, forçando muitos armadores a evitar a área e tornando o transporte entre Europa e Ásia mais caro e demorado.

‘Liberdade de navegação‘

‘As ações de hoje(sexta) demonstram um compromisso comum com a liberdade de navegação, o comércio internacional e a defesa da vida dos navegantes contra ataques ilegais e injustificáveis‘, declararam Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

O presidente americano, Joe Biden, descreveu a investida como uma ‘ação defensiva‘ em resposta ‘aos ataques sem precedentes dos huthis a navios internacionais no Mar Vermelho‘ que ameaçam o comércio global.

O Irã qualificou os bombardeios britânico-americanos de uma ‘ação arbitrária‘ e uma ‘violação‘ do direito internacional e a Rússia chamou-os de ‘ilegítimos‘, enquanto a Turquia os chamou de uma ‘resposta desproporcional‘. A Otan, no entanto, defendeu-os como ações ‘defensivas‘. (AFP)