Internacional
Exército de Israel desmonta estrutura militar do Hamas
O Exército de Israel anunciou ontem (6) que concluiu “o desmantelamento da estrutura militar do Hamas no norte da Faixa de Gaza” e que irá se concentrar no desmantelamento do movimento islamita palestino no centro e sul do território.
“Faremos de outra forma. Isso leva tempo, não existem atalhos na luta contra o terrorismo”, declarou em entrevista coletiva o general Daniel Hagari, porta-voz do Exército de Israel.
Também ontem (6), Israel bombardeou novamente o sul da Faixa de Gaza, depois de quase três meses de uma guerra com o Hamas que transformou o território palestino sitiado em um “lugar de morte” que é simplesmente “inabitável”, segundo a ONU.
O conflito desencadeado pelo ataque sangrento do movimento islamista palestino Hamas em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.140 mortos em Israel, também ameaça se espalhar pela região.
Ontem, o Hezbollah libanês lançou a sua “resposta inicial” ao assassinato do número dois do Hamas, na terça-feira (2), em Beirute. Um responsável da defesa americano atribuiu o ataque a Israel, disparando dezenas de foguetes contra uma base militar em Meron, no norte do território israelense.
O Exército israelense confirmou que houve cerca de quarenta tiros disparados do Líbano e indicou que respondeu atacando uma “célula que participou dos lançamentos”.
Ano de combates
“2024 será um ano de combates”, alertou o seu porta-voz Daniel Hagari na sexta-feira (5), relatando “um nível muito alto de preparação” das tropas na fronteira com o Líbano.
Antony Blinken
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, disse ontem que deseja garantir que o conflito em Gaza não se propague pelo Oriente Médio, na primeira etapa de seu novo giro por aquela região.
Blinken deu a declaração após se reunir na ilha de Creta com o premier grego, Kyriakos Mitsotakis. O americano disse que irá conversar com seus aliados sobre as medidas que podem ser tomadas para evitar uma propagação regional.
“Uma de nossas verdadeiras preocupações é a fronteira entre Israel e o Líbano e queremos fazer todo o possível para garantir que não haja uma escalada”, acrescentou Blinken, depois de um dia marcado por ataques nessa fronteira.
Horas antes, Blinken havia conversado na Turquia com Erdogan, em um encontro que durou mais de 75 minutos, segundo fontes diplomáticas americanas, e que ocorreu após um encontro com o seu homólogo turco, Hakan Fidan. Uma fonte diplomática afirmou que este último defendeu “um cessar-fogo imediato” no território palestino.
O Departamento de Estado americano informou que Blinken e Erdogan também conversaram sobre a adesão da Suécia à Otan. (AFP)