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Para ONU, 2023 será o ano mais quente já registrado

30 de Novembro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
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O ano de 2023 não só caminha para ser o mais quente já registrado, como para bater recordes em índice de concentração de gases de efeito estufa e nível do recuo do gelo na Antártida, alertou ontem a Organização Meteorológica Mundial (OMM) na COP-28.

A agência meteorológica da ONU apresentou um relatório provisório sobre o estado do clima e chamou a atenção para “fenômenos extremos que deixaram um rastro de devastação e desespero”. De queimadas na Europa e no Havaí a ciclone no Sul do Brasil, o ano foi marcado pela intensificação de eventos climáticos extremos, agravados pelo El Niño.

Segundo a OMM, é seguro afirmar, mesmo sem considerar os dados dos últimos dois meses, que 2023 será o ano mais quente dos últimos 174 anos -- todo o período em que há medição.

Segundo a OMM, até outubro a temperatura média estava 1,4º C acima do período pré-industrial (1850-1900, quando se acelerou a emissão de gases pelo uso de combustíveis fósseis). Ou seja, o planeta já está perto do teto de 1,5º C além da Revolução Industrial, patamar estabelecido como limite no Acordo de Paris, em 2015.

Esse 1,4º C extra também está bem acima dos excessos de temperatura nos dois anos mais quentes até agora, 2016 (quando ultrapassou 1,29º C) e 2020 (1,27º C a mais).

O relatório prevê ainda que 2024 será ainda mais quente que 2023. Isso porque o El Niño, fenômeno normalmente associado ao aumento da temperatura, tende a provocar ainda mais calor até meados do ano que vem. (Estadão Conteúdo)