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Internacional

Segundo grupo de reféns libertado pelo grupo Hamas chegou a Israel

Em troca, 39 prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e adolescentes menores de 19 anos, detidos em Israel, serão libertados

25 de Novembro de 2023 às 23:01
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Gabinete de Benjamin Netanyahu anunciou que foram libertados 13 israelenses e 4 tailandeses
Gabinete de Benjamin Netanyahu anunciou que foram libertados 13 israelenses e 4 tailandeses (Crédito: SAID KHATIB / AFP)

As forças de segurança israelenses informaram ontem (25) que o segundo grupo de reféns libertados pelo movimento islamista palestino Hamas chegou a Israel.

O anúncio conjunto do Exército israelense e do serviço de segurança Shin Bet acontece depois de o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, informar em um comunicado que o governo “abraça os 17 reféns que voltam para casa, 13 de nossos cidadãos e 4 tailandeses”.

Horas antes, o braço armado do movimento islamista palestino Hamas havia afirmado que havia entregue os reféns ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), antes do prazo de meia-noite, em cumprimento ao acordo com Israel.

“Os reféns agora estão a caminho do ponto de passagem de Rafah em direção ao Egito. Em troca, 39 prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e adolescentes menores de 19 anos, detidos em Israel, serão libertados”, disse o Exército israelente.

Cessar-fogo

Durante o dia, o Hamas havia confirnado que libertaria um segundo grupo de reféns antes da meia-noite, como planejado, após adiar sua transferência acusando Israel de não respeitar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza após sete semanas de guerra.

Em um comunicado, o Hamas disse ter “respondido positivamente aos esforços egípcios e catarianos que duraram todo o dia” e ter obtido um “compromisso” de Israel, especialmente sobre a entrega de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza e a libertação de prisioneiros palestinos detidos.

O Catar, mediador-chave no conflito, confirmou que treze reféns israelenses e sete estrangeiros mantidos na Faixa de Gaza serão libertados “nesta noite” em troca de 39 prisioneiros palestinos.

“Após um atraso, os obstáculos foram superados para libertar os prisioneiros por meio de contatos do Catar e do Egito com as duas partes, e 39 civis palestinos serão libertados esta noite, ao mesmo tempo em que 13 reféns israelenses sairão de Gaza junto com sete estrangeiros”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, na rede social X, antigo Twitter.

Pouco antes, o braço armado do movimento islamita palestino, as Brigadas Ezzedine al Qassam, exigiu “a entrada de caminhões de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza” e o respeito aos “critérios de seleção” para a libertação de prisioneiros palestinos em troca dos reféns, antes de entregá-los ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

“Israel não violou o acordo”

O cessar-fogo de quatro dias, renovável, obtido na quarta-feira (22) por Catar, Estados Unidos e Egito, prevê a libertação de um total de 50 reféns israelenses, dos mais de 200 mantidos em Gaza, e de 150 palestinos detidos em Israel. Inclui também a entrada de ajuda humanitária e combustível em Gaza.

Os bombardeios israelenses em Gaza, contínuos desde o ataque perpetrado em Israel em 7 de outubro pelo Hamas, e a ofensiva militar no norte do território palestino cessaram, assim como os disparos de foguetes do Hamas em direção a Israel.

Na sexta-feira (24), o Hamas entregou um primeiro grupo de 13 reféns israelenses, além de dez tailandeses e um filipino que não faziam parte do acordo inicial, ao CICV para serem levados a Israel via Egito. Por sua vez, Israel libertou 39 palestinos presos, mulheres e jovens com menos de 19 anos.

Em Tel Aviv, os rostos sorridentes dos reféns libertados na sexta-feira (22) foram projetados na fachada do Museu de Arte, com as palavras: “Estou de volta em casa”.

“Hoje, estamos felizes em ver os nossos de volta, mas não devemos esquecer todos os que ainda não retornaram”, disse Yael Adar, nora de Yaffa Adar, de 85 anos, e a mais idosa dos reféns libertados, no site de notícias Ynet.

O chefe do Estado-Maior israelense, general Herzi Halevi, alertou, no entanto, que a guerra não tinha terminado. (AFP)