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Internacional

Netanyahu sinaliza acordo para libertação de reféns do Hamas

Se isso ocorrer, haverá cessar-fogo, diz primeiro-ministro israelense

17 de Novembro de 2023 às 23:01
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Benjamin Netanyahu não revelou detalhes da negociação
Benjamin Netanyahu não revelou detalhes da negociação (Crédito: BRENDAN SMIALOWSKI / AFP (18/10/2023))

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse ontem (17) que está próximo de um acordo com o grupo terrorista Hamas para a libertação de reféns e que haverá um cessar-fogo se isso acontecer. A afirmação ocorreu durante uma entrevista do premiê à emissora CBS. O premiê destacou, no entanto, que não poderia se aprofundar nos detalhes do possível acordo.

“Estamos mais perto (do acordo) do que antes de começarmos a ação terrestre”, disse Netanyahu. “A ação terrestre pressionou o Hamas para alcançar um cessar-fogo. Teremos um cessar-fogo se conseguirmos nossos reféns. Não creio que sirva aos nossos propósitos nos aprofundar nisso”, acrescentou.

Segundo as autoridades israelenses, o Hamas capturou cerca de 240 pessoas no ataque ao país no dia 7 de outubro. Apenas quatro foram libertados, sendo dois americanos. As negociações para a libertação são mediadas pelo Catar, que abriga escritórios do braço político do Hamas, já que Israel não conversa com o grupo.

Questionado se o acordo envolveria a troca de prisioneiros palestinos pelos reféns, Netanyahu se manteve em silêncio com a alegação dos detalhes da negociação serem confidenciais.

O premiê também insistiu que Israel opera dentro da Faixa de Gaza tentando causar “o mínimo de vítimas civis” e que não tem o objetivo de ocupar o território. “Queremos uma responsabilidade militar geral para evitar o ressurgimento do terror”, disse à CBS. “Não estamos buscando ocupar (Gaza). Esse não é o nosso objetivo. Nosso objetivo é garantir que o que acontece lá seja diferente. Para isso, temos que desmilitarizar Gaza e desradicalizar Gaza.”

Para Netanyahu, o fim do grupo terrorista daria um “futuro real” aos palestinos. O premiê, no entanto, não respondeu se apoia a solução de dois Estados. “Eu digo que os palestinos tenham todos os poderes para se governar, mas nenhum dos poderes para ameaçar Israel”, respondeu.