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Internacional

ONU aprova resolução de trégua humanitária

27 de Outubro de 2023 às 23:01
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Decisão da Assembleia Geral irritou governo de Israel
Decisão da Assembleia Geral irritou governo de Israel (Crédito: ANDREA RENAULT / AFP)

A Assembleia Geral da ONU aprovou ontem (27), com voto contrário dos Estados Unidos, uma resolução não vinculante que pede uma “trégua humanitária imediata e duradoura” e o acesso sem bloqueios de ajuda para levar comida, bens e serviços essenciais à população civil da Faixa de Gaza. Enquanto o Hamas saudou a resolução, Israel a qualificou de “infâmia”.

“Nós saudamos a resolução da Assembleia Geral da ONU pedindo uma trégua humanitária e pedimos sua implantação imediata a fim de fornecer combustível e ajuda humanitária aos civis”, reagiu, por meio de nota, o movimento islamista palestino, no poder na Faixa de Gaza.

O representante israelense nas Nações Unidas, Gilad Erdan, criticou a resolução, dizendo que a ONU “não tem a menor legitimidade ou relevância”. “Hoje é um dia que passará para a infâmia. Todos temos testemunhado que a ONU não tem a menor legitimidade ou relevância”, disse o diplomata israelense após a aprovação da resolução.

Com 120 votos a favor, 14 contra e 45 abstenções, a Assembleia da ONU aprovou o texto proposto pela Jordânia, após rejeitar uma emenda do Canadá, que pedia a condenação expressa do Hamas pelo ataque de 7 de outubro a Israel e que provocou a retaliação israelense.

A Assembleia Geral da ONU, que reúne os 193 Estados-membros das Nações Unidas, retomou o tema depois que o Conselho de Segurança, dividido, rejeitou quatro resoluções em menos de duas semanas.

O texto, apresentado pela Jordânia em nome do grupo árabe e copatrocinado por quase 50 países, não nomeou nem o Hamas, nem Israel, “pede uma trégua humanitária imediata, duradoura e contínua, que conduza ao fim das hostilidades”; rejeita o deslocamento forçado da população civil palestina, e exige a liberação imediata e incondicional de todos os civis que estão em cativeiro “ilegalmente”, bem como um “tratamento humano” para eles.

Antes da votação, o embaixador paquistanês Munir Akram explicou que as partes beligerantes não foram mencionadas porque “se você é justo, se é equitativo, não vai culpar uma parte e não a outra”. (AFP)