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Argentinos vão às urnas hoje para escolher o novo presidente do país

21 de Outubro de 2023 às 23:01
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Eleições hoje, além dos eleitores, movimenta as forças de segurança
Eleições hoje, além dos eleitores, movimenta as forças de segurança (Crédito: LUIS ROBAYO / AFP)

Argentina elege, hoje (22), seu novo presidente entre Javier Milei, que agitou o tabuleiro político e cultural; o atual ministro da Economia, Sergio Massa, responsabilizado, por muitos, pela inflação galopante; e Patricia Bullrich, uma ex-ministra da Segurança, de direita, que promete linha-dura.

Para ser eleito, o vencedor precisa 45% dos votos, ou 40%, com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo candidato mais votado. Caso contrário, os dois primeiros irão para o segundo turno, previsto para 19 de novembro.

Milei

Economista de extrema direita e libertário, Milei trabalhou no setor privado até dois anos atrás. Tornou-se conhecido pela primeira vez na televisão e depois viralizou nas redes sociais, onde conquistou os jovens com um discurso inovador. Ele se apresenta com uma cabeleira farta e desgrenhada e uma retórica provocadora.

Milei promete dolarizar a economia, proibir o aborto, permitir o porte de armas, reduzir drasticamente os impostos e também os gastos públicos. Tem 52 anos, é solteiro e sem filhos.

Massa

Como ministro da Economia desde 2022, Sergio Massa luta contra uma inflação anualizada de quase 140%, a perda do valor da moeda e o aumento da pobreza (40%). É advogado, tem 51 anos. Filho de imigrantes italianos, cresceu na periferia de Buenos Aires. É casado e tem dois filhos. Ele concorre como candidato da Unión por la Patria, aliança de vários setores do peronismo, incluindo o de Cristina Kirchner, a vice-presidente.

Patricia Bullrich

A candidata da coalizão da oposição Juntos por el Cambio, de direita, apresenta-se como a linha-dura para um país em crise. Politizada desde a adolescência, Bullrich integrou a Juventude Peronista nos turbulentos anos 1970, durante o auge da atividade guerrilheira dos Montoneros. Foi ministra da Segurança no governo Macri (2015-2019), e ministra do Trabalho, na gestão Fernando de la Rúa (1999-2001). Tem um filho e é casada com o advogado Guillermo Yanco.
(AFP)