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Internacional

Ataque é comparado ao Holocausto por judeus

10 de Outubro de 2023 às 23:01
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Mulher ora durante manifestação pró-Israel em Lisboa
Mulher ora durante manifestação pró-Israel em Lisboa (Crédito: PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP)

 

O ataque de Hamas a Israel, considerada a invasão mais abrangente do território israelense em décadas, evoca a perseguição passada a judeus e pode ser comparado ao Holocausto da Alemanha, declarou a vice-presidente sênior da Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês), organização global que luta contra o antissemitismo.

Marina Rosenberg disse à Fox News Digital que o ataque de Hamas marca o maior assassinato de judeus desde o Holocausto. Até ontem (10), as mortes em Israel passavam de 900 -- e a contraofensiva matou cerca de 680 palestinos.

“Então, aqui vemos uma ligação histórica, como as coisas não mudaram muito desde os pogroms na Europa de Leste e o Holocausto até organizações terroristas como o Hamas, o Hezbollah, a Jihad Islâmica Palestina e outras. O seu único propósito é assassinar judeus”, disse Marina Rosenberg à Fox.

Ela também citou manifestações pró-Palestina que ocorreram em todo o mundo, que supostamente “celebraram” o massacre, segundo ela. Em Nova York, durante uma manifestação, um militante gritava “temos que matar todos eles”, conforme relatou o New York Post. O embaixador de Israel na Colômbia, Gali Dagan, denunciou no domingo (8) que manifestantes deixaram grafites com suásticas na sede da embaixada israelense em Bogotá

“Não se trata de quem é pró-israelense ou pró-palestino. Trata-se de quem tem moral para denunciar isso completamente. Uma horrível organização terrorista cujo único objetivo é assassinar judeus e pôr fim ao Estado judeu. E esses que estão a celebrar nas ruas dos EUA, na Europa e no Médio Oriente o massacre de civis inocentes nos últimos dias, portanto, da nossa perspectiva, isto é um claro antissemitismo”, acrescentou.

O ataque coordenado de Hamas ocorre depois de meses de agravamento das tensões devido à violência na Mesquita de al-Aqsa -- um local sagrado muçulmano no coração de Jerusalém, localizado no mesmo local do Monte do Templo, reverenciado pelos judeus. A presença de supremacistas judeus no governo de extrema-direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também inflamou ainda mais as tensões com os palestinos. (Estadão Conteúdo, com agências internacionais)