Buscar no Cruzeiro

Buscar

Internacional

Afeganistão continua busca por sobreviventes após terremoto

09 de Outubro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Afegãos fazem orações fúnebres em massa pelos mortos
Afegãos fazem orações fúnebres em massa pelos mortos (Crédito: MOHSEN KARIMI / AFP )

 

Moradores e voluntários buscavam ontem (9) sobreviventes soterrados nos escombros após o forte terremoto de magnitude 6,3 que deixou mais de 2.000 mortos no sábado (7), em uma zona rural do oeste do Afeganistão.

Caminhões carregados com alimentos, água e cobertores chegaram em massa às aldeias de difícil acesso localizadas cerca de 30 quilômetros a noroeste da cidade de Herat, a área mais afetada pelo terremoto, ao qual se seguiram oito réplicas.

Os voluntários levaram picaretas e pás, na esperança de encontrar sobreviventes. “Muitas pessoas vieram de distritos distantes para tirar pessoas dos escombros”, disse Khalid, de 32 anos, na aldeia de Kashkak, no distrito rural de Zinda Khan. “Todo mundo está procurando por corpos, embora não saibamos se ainda restam pessoas debaixo dos escombros.”

As autoridades locais e nacionais forneceram números contraditórios de mortos e feridos. No domingo, o ministério responsável pela gestão de catástrofes anunciou que este “terremoto sem precedentes” deixou 2.053 mortos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que 11 mil pessoas e 1.655 famílias foram afetadas pelo terremoto e suas réplicas.

Os talibãs, que recuperaram o poder em agosto de 2021, enfrentam o enorme desafio logístico de realocar os habitantes antes da chegada do inverno.

As autoridades mantêm relações complicadas com organizações humanitárias internacionais, depois que proibiram as mulheres de trabalhar para a ONU e para ONGs, dificultando, assim, a avaliação das necessidades das famílias nas regiões mais conservadoras do país.

A organização Save the Children afirmou que esta é “uma crise que se soma a outra crise”. Segundo o diretor da ONG no país, Arshad Malik, “a magnitude dos danos é assustadora. O número de pessoas afetadas por esta tragédia é realmente chocante”. (AFP)