O conflito entre o grupo Hamas e Israel já deixou mais de 900 mortos, desde que o movimento islâmico palestino atacou neste sábado (7) o país israelense, que respondeu com bombardeios em uma escalada bélica que já deixou centenas de mortos, metade deles em território israelense. Já em Gaza subiu para 370 o número de mortos pela guerra entre Israel e o Hamas, segundo informaram autoridades locais neste domingo (8). 

O exército de Israel indicou na noite de sábado que estava em combate em "22 lugares" com "centenas de infiltrados" que haviam entrado no país "pelo ar, mar e terra". "Estamos em guerra", declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao ordenar a mobilização de reservistas.

O exército "usará toda a sua força para destruir as capacidades militares do Hamas", que governa a Faixa de Gaza desde 2007, prometeu o premiê, instando os palestinos a sair do território. "Vamos reduzir a ruínas (...) todos esses lugares onde o Hamas se esconde", declarou em um discurso transmitido pela televisão.

O Ministério de Energia ordenou o corte no fornecimento de eletricidade para o empobrecido enclave de 362 km², onde vivem 2,3 milhões de palestinos submetidos a um rigoroso bloqueio israelense desde 2007.

Neste domingo

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, conversou por telefone neste domingo (8) com os chefes dos movimentos armados palestinos Hamas e Jihad Islâmica, um dia após o grande ataque lançado pelo Hamas contra Israel, informou a agência oficial iraniana IRNA.

“O presidente Raisi falou por telefone com o secretário-geral da Jihad, Ziad al-Nakhala, sobre os acontecimentos na Palestina” e depois com o “chefe do gabinete político do Movimento de Resistência Islâmica do Hamas, Ismail Haniyeh”, indicou a IRNA.

Países condenam ataques

Brasil, Estados Unidos, Europa e muitos países condenaram veementemente neste sábado (7) e domingo (8) os ataques do Hamas contra Israel e lançaram alertas sobre o risco de uma "escalada regional de grandes proporções". (AFP)