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Astronomia

Estudo diz que há mais um planeta no Sistema Solar

12 de Setembro de 2023 às 23:01
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Cientistas japoneses creem que planeta está
Cientistas japoneses creem que planeta está "escondido" (Crédito: PIXABAY)

 

Um planeta similar à Terra pode estar “escondido” nos confins de nosso Sistema Solar, de acordo com cientistas japoneses. Em um novo estudo publicado neste mês na revista The Astronomical Journal, os astrônomos dizem que esse planeta estaria localizado depois de Netuno, numa região chamada de Cinturão de Kuiper.

“Prevemos a existência de um planeta similar à Terra e alguns outros objetos transnetúnicos (TNO, na sigla em inglês) em órbitas peculiares nos limites do Sistema Solar”, escreveram os cientistas no novo trabalho. Os principais autores do estudo são Patryk Sofia Lykawka, da Universidade de Kindai, e Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, que investigam os objetos transnetúnicos (qualquer planeta menor que orbita o Sol a uma distância maior do que a de Netuno) do Cinturão de Kuiper.

Cerca de 30 unidades astronômicas depois de Netuno, está o Cinturão de Kuiper que abriga rochas geladas e planetas anões, como Plutão, Quaoar, Orcus e Makemake. Todos eles são muito menores do que a Terra. Mesmo Plutão, que já foi classificado como planeta no passado, tem apenas 18% do tamanho da Terra, ou seja, é menor até do que a Lua.

O suposto novo planeta seria de 1,5 a três vezes maior do que a Terra. Ele estaria localizado entre 200 e 500 unidades astronômicas do Sol e teria uma órbita inclinada em 30 graus. Uma unidade astronômica equivale a 150 milhões de quilômetros, que é a distância aproximada do Sol até a Terra.

Para a astrônoma brasileira Duília de Mello, vice-reitora da Universidade Católica de Washington (EUA), as evidências encontradas no estudo apontam para a possibilidade de esse planeta ser real. “Não podemos descartar a existência, é assim que funciona a ciência. Existe uma boa possibilidade baseada nos cálculos deles. Precisamos que outros pesquisadores façam os cálculos e ter outros indícios da descoberta”, diz Duília, que também é colaboradora da Nasa, a agência espacial americana. (Estadão Conteúdo e Agências Internacionais)