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Pior terremoto em 120 anos matou mais de 2,8 mil no Marrocos

11 de Setembro de 2023 às 23:01
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Equipes correm contra o tempo em busca de sobreviventes
Equipes correm contra o tempo em busca de sobreviventes (Crédito: FADEL SENNA / AFP)

O terremoto que atingiu na sexta-feira (8) a região ao sudoeste da cidade de Marrakesh, no Marrocos, já causou 2.862 mortes, anunciou ontem (11) o Ministério do Interior em um novo balanço. O terremoto também deixou 2.562 feridos, segundo a mesma fonte.

O terremoto de magnitude 6,8, seguido por diversos tremores secundários, foi o mais forte já sentido no país em 120 anos. A catástrofe levou destruição e devastação no local, onde o número de mortos e feridos continua aumentando à medida que as equipas de resgate desenterram pessoas vivas e mortas em aldeias que foram reduzidas a escombros.

O tremor teve seu epicentro na cidade de Ighil, 80 quilômetros a sudoeste da cidade de Marrakesh, no alto da Cordilheira Atlas. A região é em grande parte rural, composta por montanhas de rocha vermelha, desfiladeiros, riachos e lagos.

As equipes de emergência marroquinas, com o apoio de socorristas estrangeiros, prosseguiam ontem com os esforços para encontrar sobreviventes e ajudar as pessoas que tiveram suas casas destruídas pelo terremoto.

O governo do Marrocos anunciou no domingo à noite que aceitou as ofertas de envio de equipes de busca e resgate da Espanha, Reino Unido, Catar e Emirados Árabes Unidos.

Equipes de emergência espanholas estavam presentes em duas localidades afetadas pelo tremor ao sul de Marrakesh, Talat Nyaqoub e Amizmiz.

Em Talat Nyaqoub, foram mobilizadas 12 ambulâncias, além de dezenas de veículos 4x4 do Exército e da Gendarmeria. Cerca de 100 socorristas marroquinos receberam orientações antes do início das operações de busca.

Não muito longe, uma equipe de 30 bombeiros espanhóis, um médico, uma enfermeira e dois técnicos se coordenavam com as autoridades marroquinas para iniciar os trabalhos.

Vários países, incluindo França, Estados Unidos e Israel, também ofereceram ajuda ao reino do norte da África.

“A grande dificuldade está nas áreas remotas e de difícil acesso, como aqui, mas os feridos são transportados de helicóptero”, declarou a comandante da equipe espanhola de bombeiros, Annika Coll.

“É difícil dizer se as probabilidades de encontrar sobreviventes diminuíram porque, na Turquia (onde aconteceu um terremoto violento em fevereiro) por exemplo, conseguimos encontrar uma mulher viva após seis dias e meio. Sempre há esperança”, acrescentou.

“Também é importante encontrar os corpos, porque as famílias precisam saber e cumprir o luto”, acrescentou.

Quase 70 km mais ao norte, outra equipe de 48 agentes da Unidade Militar de Emergências (UME) estabeleceu acampamento na entrada da pequena localidade de Amizmiz. A equipe tem quatro cães farejadores e utiliza pequenas câmeras para entrar nas pequenas cavidades entre os escombros. Também usa aparelhos para detectar presença humana. (AFP e Estadão Conteúdo)