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Trump vai se entregar amanhã na Georgia

22 de Agosto de 2023 às 23:01
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Grades de segurança da cadeia de Fulton, em Atlanta
Grades de segurança da cadeia de Fulton, em Atlanta (Crédito: JOE RAEDLE / AFP)

 

Donald Trump vai se entregar às autoridades da Geórgia amanhã (24), após ter sido acusado em um caso penal de tentativa de fraude eleitoral. A apresentação às autoridades deve ofuscar o primeiro debate entre seus adversários para a indicação presidencial republicana de 2024. No domingo (20), Trump anunciou que não vai participar do debate, apesar das súplicas da direção do partido e da emissora Fox News.

O ex-presidente republicano confirmou, na segunda-feira (21) à noite, que vai se entregar na prisão do condado de Atlanta no dia seguinte ao debate em Milwaukee, marcado para hoje, o que pode jogar por terra as esperanças de seus adversários de chamar atenção da mídia.

“Podem acreditar? Vou para Atlanta, Geórgia, na quinta-feira, para ser PRESO por uma Procuradora Distrital de Esquerda Radical, Fani Willis, que está supervisionando um dos maiores DESASTRES de Assassinatos e Crimes Violentos da História dos Estados Unidos”, postou Trump nas redes sociais.

Trump, que é favorito para a indicação republicana, será julgado na Geórgia por ter tentado alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020 neste Estado do sul dos Estados Unidos para tentar se manter no poder, após ser derrotado por Joe Biden. Este é um dos quatro processos penais em curso contra ele.

Trump e outros 18 acusados, todos processados em virtude de uma lei contra o crime organizado, têm até o meio-dia (13h de Brasília) de sexta-feira (25) para se entregar. Dois já o fizeram: Scott Hall e John Eastman, este último ex-advogado de campanha do ex-presidente.

Trump está em liberdade sob fiança de 200 mil dólares (aproximadamente R$ 1 milhão), o que evitou sua prisão preventiva.

Embora na verdade vá permanecer em liberdade, ele será detido formalmente quando se entregar. Inclusive, uma foto sua será tirada para o registro policial.

O ex-presidente também está proibido de intimidar os coacusados ou as testemunhas, inclusive por meio das redes sociais. (AFP)