Internacional
Incêndio florestal que arrasou Mauí, no Havaí, já matou 80
Mais de 1.400 pessoas foram levadas para abrigos de emergência
O devastador incêndio florestal que arrasou uma localidade do arquipélago americano do Havaí deixou 80 mortos, informaram as autoridades do condado de Mauí, em meio às crescentes críticas da população local sobre a gestão da crise. Mais de 1.400 pessoas foram levadas para abrigos de emergência.
As críticas à reação oficial ao desastre são cada vez mais forte. E, nesse contexto, a procuradora-geral do Havaí, Anne Lopez, anunciou a abertura de uma investigação sobre como a crise foi tratada. Moradores reclamaram que não houve alertas sobre o incêndio, que deixou as pessoas presas na localidade.
Lopez disse que fará “uma revisão exaustiva da tomada de decisão crítica e das políticas em vigor que levaram, durante e depois, aos incêndios florestais nas ilhas do Mauí e do Havaí esta semana”.
Ontem (12), os bombeiros continuavam lutando contra as chamas na arrasada localidade de Lahaina, ao oeste da ilha do Mauí, afetada pela seca. Antes do incêndio, tinha cerca de 12 mil habitantes. Enquanto isso, seus moradores vasculhavam, atordoados, os restos das casas em busca de pertences que tivessem sobrevivido à fúria das chamas.
Profunda tristeza
As equipes de busca usam cães para rastrear as vítimas do que o governador Josh Green disse ser “provavelmente o maior desastre natural da história do estado do Havaí. O que vimos hoje (sexta) foi catastrófico”, disse Green após percorrer a área histórica de Lahaina, a antiga capital do Reino do Havaí no início do século XIX.
As chamas devastaram mais de 800 hectares em duas ilhas do arquipélago americano e forçaram a retirada de milhares de pessoas, algumas das quais se jogaram na água para se protegerem do fogo.
O presidente americano, Joe Biden, decretou estado de catástrofe natural no Havaí, o que permitirá liberar “fundos federais à disposição dos afetados no condado de Mauí”, explicou a Casa Branca. Já o papa manifestou sua “tristeza profunda” pela tragédia.
Os incêndios começaram na madrugada de terça-feira e seu avanço rápido pôs em risco residências, empresas e serviços públicos, assim como mais de 35 mil pessoas na ilha de Maui, informou a Agência de Gestão de Emergências do Havaí.